Vinicius Magalhães - SESI

A Organização das Nações Unidas (ONU) celebra hoje (11) o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência e lembra a luta de mulheres cientistas na linha de frente contra a covid-19. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que promover igualdade de gênero no mundo científico e tecnológico é essencial para um futuro melhor.ebcebc

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Segundo Guterres, isso é visível no combate à pandemia de covid-19, já que as mulheres representam 70% de todos os profissionais de saúde e têm demonstrado papel fundamental nas pesquisas, desde o avanço do conhecimento sobre o vírus até o desenvolvimento de técnicas de teste e, finalmente, da vacina. Além disso, elas foram as mais afetadas pela pandemia na medida em que carregam o peso do fechamento das escolas e da adoção do teletrabalho.

Para Guterres, sem mais mulheres nas ciências, “o mundo continuará a ser projetado por e para homens, e o potencial de meninas e mulheres permanecerá inexplorado”. O secretário-geral da ONU apela à comunidade internacional para garantir que as meninas tenham acesso à educação que merecem e possam ter futuro em áreas como engenharia, programação de computadores, tecnologia em nuvem, robótica e ciências da saúde.

De acordo com o Relatório de Ciências, publicado nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em todo o mundo, as mulheres representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática. A pesquisa aponta disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 22% dos profissionais são mulheres.

Além disso, fundadoras de startups também lutam mais para ter acesso a financiamentos e, em grandes empresas de tecnologia, continuam sub-representadas em cargos técnicos e de liderança. Nas universidades, as pesquisadoras tendem a ter carreiras mais curtas e menos bem pagas. Embora representem 33,3% de todos os pesquisadores, apenas 12% dos membros das academias de ciências nacionais são mulheres.

A data foi instituída pela ONU em 2015 para aumentar a conscientização sobre o papel e as contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica e também para lembrar à comunidade internacional que ciência e igualdade de gênero devem avançar lado a lado.

Brasil

Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, em 2019, no Brasil, 54% dos estudantes em cursos de pós-graduação eram do sexo feminino. Dados de 2020 mostram que as pesquisadoras representam 58% do total de bolsistas stricto sensu (em sentido restrito) da fundação. “Embora sejam maioria numérica, pesquisadoras ainda lutam por mais respeito e oportunidades em ambientes majoritariamente masculinos”, disse a entidade, em comunicado pela celebração da data.

Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, promove um evento online hoje em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

*Com informações da ONU News e Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).