Obras paradas em Angra 3 reacendem pressão por Carlos Seixas na Eletronuclear

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Em meio à paralisia que se arrasta há décadas em Angra 3, o presidente Lula pediu agilidade para retomar o projeto e reorganizar a gestão da Eletronuclear. A cobrança direta veio acompanhada de um nome que ganha força nos bastidores: Carlos Seixas. Sua gestão de sucesso na NUCLEP e o apoio unânime do setor nuclear fazem dele o preferido para liderar o desafio técnico, político e financeiro de concluir a mais estratégica das obras de infraestrutura do país.

Angra 3: desafios técnicos e custos da paralisação

Iniciada ainda na década de 1980 e interrompida mais uma vez em 2015, a obra da usina nuclear Angra 3 encontra-se com apenas 65% de sua estrutura finalizada. Estima-se que a retomada demandará R$23 bilhões, dos quais 90% seriam financiados e 10% arcados pelos acionistas da Eletronuclear, incluindo a União. Em contrapartida, o custo para abandonar o projeto também seria bilionário: R$21 bilhões, o que torna a conclusão da usina uma decisão estratégica, e não apenas econômica.

Além disso, a paralisação gera um custo anual de R$200 milhões apenas para manter os equipamentos estocados. A conclusão da usina permitiria gerar cerca de 12 milhões de MWh anuais, o suficiente para abastecer 70% do consumo do Estado do Rio de Janeiro, consolidando Angra 3 como uma peça central da matriz energética brasileira.

A trajetória de Carlos Seixas e o sucesso na NUCLEP

O nome de Carlos Henrique Seixas não surgiu por acaso. Engenheiro com longa trajetória no setor nuclear, Seixas transformou a NUCLEP de uma estatal deficitária em uma referência internacional. Em dois anos, elevou o faturamento de R$70 milhões para mais de R$105 milhões, conquistou certificações internacionais como a ASME III e blindou a empresa contra interferências político-partidárias.

Seixas reposicionou a NUCLEP como fornecedora estratégica do Programa de Submarinos com Propulsão Nuclear (PROSUB) e dos reatores de Angra 1, 2 e 3. Ganhou respeito tanto de civis quanto de militares, parlamentares e industriais, consolidando-se como uma liderança técnica e apartidária. Sua carta entregue pessoalmente ao presidente Lula, em fevereiro de 2025, reuniu apoio de prefeitos, lideranças técnicas e parlamentares para reforçar a necessidade de sua nomeação à presidência da Eletronuclear.

Liderança técnica e soberania energética: o que está em jogo

A Eletronuclear vive um momento decisivo. Com a presidência ainda, o setor nuclear entende que a nomeação de Carlos Seixas representa mais do que uma gestão eficiente: simboliza um compromisso de Estado com a soberania energética e o domínio de tecnologia sensível. A conclusão de Angra 3 exige uma liderança técnica capaz de lidar com contratos complexos, normas internacionais, engenharia pesada e pressões institucionais.

O Brasil detém o ciclo completo do combustível nuclear e grandes reservas de urânio. Deixar essa capacidade à mercê de interesses político-partidários é arriscado. A eventual nomeação de um gestor sem qualificação técnica colocaria em risco não apenas Angra 3, mas também o papel do país em acordos internacionais, sua segurança energética e sua capacidade de manter o protagonismo regional em energia limpa e independente.

Neste cenário, Carlos Seixas representa uma escolha de competência, coerência e visão de longo prazo. Mais do que um nome, ele é hoje o símbolo de uma gestão pública voltada para resultados, blindagem institucional e soberania nacional.

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