Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
Em um passo decisivo para consolidar a inovação como pilar estratégico da soberania nacional, o Ministério da Defesa publicou a Portaria GM-MD nº 1.704/2025, criando a mais robusta estrutura de governança em ciência, tecnologia e inovação de interesse da Defesa já instituída no Brasil. A nova norma institui o Comitê de CT&I, o Comitê-Executivo e os Grupos de Trabalho Temáticos Interforças (GTTI), unificando esforços das três Forças Armadas para impulsionar o desenvolvimento tecnológico nacional.
Nova estrutura para integração e interoperabilidade
A portaria cria um tripé de governança com funções complementares: o Comitê de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) atuará no nível estratégico, responsável por definir diretrizes e prioridades nacionais; o Comitê-Executivo de CT&I (CETI) coordenará a implementação das ações em nível operacional; e os Grupos de Trabalho Temáticos Interforças (GTTI) funcionarão como células táticas e temporárias, compostas por representantes técnicos das Forças, voltadas a temas específicos como guerra cibernética, inteligência artificial e sistemas autônomos.
Esse modelo permite maior sinergia entre projetos integradores e interoperáveis, promovendo soluções tecnológicas que atendam a múltiplas Forças simultaneamente. Ao centralizar o acompanhamento e a priorização dos projetos na carteira de CT&I de Defesa (CPCTI), o Ministério da Defesa busca racionalizar investimentos, evitar sobreposições e acelerar entregas de alto impacto estratégico.
Cooperação, inovação aberta e conexão com a sociedade
Além de fortalecer a estrutura interna da Defesa, a portaria incentiva o diálogo com instituições civis, como universidades, startups, parques tecnológicos e empresas de base tecnológica. O modelo proposto reforça a criação de ambientes de inovação aberta, nos quais o conhecimento científico circula de forma mais dinâmica e a aplicação de tecnologias de uso dual — militar e civil — se torna mais viável.
Os GTTIs funcionarão também como espaços de cooperação interinstitucional, permitindo que soluções desenvolvidas no âmbito da Defesa possam impactar positivamente áreas como segurança pública, logística, saúde e indústria 4.0, aumentando o retorno social e econômico dos investimentos públicos em CT&I.
Inovação como base da soberania e da modernização
Ao formalizar uma estrutura normativa específica para CT&I de interesse da Defesa, o Brasil dá um passo relevante para acompanhar modelos adotados por potências como Estados Unidos, China, Rússia e Israel, que há décadas integram pesquisa, tecnologia e estratégia militar como vetores de poder nacional.
A governança estabelecida pela Portaria nº 1.704 reflete o entendimento de que a inovação é um componente essencial da soberania, e que o domínio tecnológico próprio é uma condição indispensável para a autonomia militar, a segurança nacional e a projeção internacional. Com os novos mecanismos, o Brasil passa a contar com uma base mais sólida para o desenvolvimento de soluções avançadas e sustentáveis, alinhadas com os desafios do século XXI.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395