Solidarex 2024: Tropas de 6 países realizam operação anfíbia conjunta

Foto: Marinha do Brasil
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O desembarque anfíbio é uma das operações mais desafiadoras para qualquer Força Armada. No exercício Solidarex 2024, esse desafio foi enfrentado por tropas de seis países, com uma demonstração impressionante de cooperação internacional e preparo técnico. A Marinha do Brasil, junto com seus parceiros regionais, mostrou sua capacidade de operar em cenários complexos, como o simulado de desastre natural de grande escala no litoral peruano.

Operações anfíbias: o desafio e a complexidade técnica

Foto: Marinha do Brasil

Operações anfíbias exigem uma combinação de planejamento meticuloso, coordenação entre forças navais e terrestres, além de alta capacidade técnica. Durante o Solidarex 2024, as tropas do Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México e Peru mostraram sua preparação ao realizar um desembarque anfíbio na praia de Miramar, Peru, em resposta a um desastre natural simulado.

Esse tipo de operação envolve o transporte de tropas, veículos e equipamentos do mar para a terra, em uma sequência que precisa ser precisa e segura, especialmente em um cenário de crise como o simulado de um terremoto de alta magnitude. Cada país trouxe sua expertise para o exercício, com o Brasil liderando uma incursão inicial por meio da aeronave AH-11B (Super Lynx), que partiu da Fragata “Liberal” para reconhecer o terreno antes da chegada das demais tropas. As técnicas e equipamentos empregados garantem que, mesmo em um ambiente imprevisível, as tropas possam realizar ações rápidas e coordenadas.

Além disso, o uso de embarcações e aeronaves para desembarcar forças de resgate e apoio médico foi uma parte crucial do exercício. Médicos e enfermeiros foram enviados para fornecer suporte às vítimas simuladas, destacando a importância de uma força multifuncional capaz de atuar em diferentes frentes durante uma operação desse porte.

Solidariedade e cooperação internacional no Solidarex 2024

Foto: Marinha do Brasil

O Solidarex 2024 reforça um dos pilares mais importantes da segurança e defesa regional: a solidariedade entre as nações. O exercício, com foco em assistência humanitária e resposta a desastres naturais, proporcionou uma oportunidade única para fortalecer a interoperabilidade e os laços de amizade entre as Marinhas envolvidas.

Como destacou o Ministro da Defesa do Peru, Walter Astudillo Cháves, “os desastres não nos avisam quando vão chegar”. Nesse sentido, a preparação conjunta é essencial para garantir que, em situações reais, os países da região possam agir de forma rápida e coordenada. A participação de observadores de países como Argentina, Chile, Espanha, Itália e República Dominicana demonstra o interesse global na criação de uma força-tarefa robusta e eficaz, pronta para enfrentar desafios humanitários e de segurança.

As reuniões bilaterais e o convívio entre as delegações permitiram o intercâmbio de conhecimentos e experiências, ampliando a capacidade de resposta conjunta em futuros eventos. O fortalecimento dessas parcerias garante que as Marinhas da América Latina estejam mais bem preparadas para atuar em conjunto, seja em missões de paz, segurança ou assistência humanitária.

A participação da Marinha do Brasil e o uso da Fragata “Liberal”

Foto: Marinha do Brasil

A atuação da Marinha do Brasil durante o Solidarex 2024 foi de grande relevância. A Fragata “Liberal” desempenhou um papel central, sendo a base de operações para o lançamento das tropas brasileiras. A bordo da fragata, a aeronave AH-11B (Super Lynx) foi fundamental para o reconhecimento do terreno antes do desembarque das demais tropas. Essa fase inicial é crucial em qualquer operação anfíbia, pois permite identificar possíveis obstáculos e garantir a segurança do restante das forças.

Além da força operacional, o Brasil também destacou equipes médicas e de resgate para participar do exercício. Médicos e enfermeiros brasileiros desempenharam um papel essencial na assistência às vítimas simuladas, refletindo a capacidade de resposta em situações de catástrofes reais. Esse tipo de envolvimento ressalta a multifuncionalidade da Marinha Brasileira, que além de sua expertise em combate, está preparada para missões humanitárias e de socorro.

A liderança brasileira no Solidarex 2024 mostrou não apenas a competência técnica e operacional, mas também a importância de seu papel no cenário de defesa regional, sempre pronta para atuar em coalizão com outras nações em prol da segurança e da solidariedade hemisférica.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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