Marinha integra exercício NBQR com foco em evacuação aeromédica na Amazônia

Equipe usa traje de proteção em avião militar.
Foto: Sargento Mônica / Força Aérea Brasileira
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Prevenir o imprevisível foi o lema do Exercício Operacional de Defesa NBQR, conduzido pela FAB com apoio da Marinha e do Exército. Em cenário de contaminação simulada, militares das três Forças atuaram lado a lado, embarcando equipamentos, montando protocolos de descontaminação e realizando resgates aeromédicos em plena floresta, reforçando o preparo brasileiro para emergências complexas.

Estrutura integrada e ação em campo

Entre os dias 5 e 16 de maio, o Exercício NBQR mobilizou efetivos e meios estratégicos das Forças Armadas brasileiras. A Marinha do Brasil, por meio dos Fuzileiros Navais, da Unidade Médica Expedicionária (UMEM) e do Navio de Assistência Hospitalar “Oswaldo Cruz”, integrou-se à operação liderada pela Força Aérea Brasileira (FAB). O Exército Brasileiro também contribuiu com sua estrutura de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear.

No total, cerca de três toneladas de equipamentos de detecção e descontaminação foram embarcadas no KC-390 da FAB, demonstrando capacidade de mobilidade estratégica. O navio da Marinha atuou como base médica flutuante, oferecendo suporte logístico e operacional em um ambiente de difícil acesso, com centro cirúrgico e convés para pouso de helicópteros, funcionando como ponto de estabilização para vítimas contaminadas.

Atendimento, descontaminação e resposta rápida

Treinamento militar com equipamento de proteção química.
Foto: Suboficial Leme / Marinha do Brasil

As simulações envolveram cenários de emergência médica em áreas contaminadas, com foco em descontaminação de vítimas e evacuação aeromédica. Médicos, enfermeiros e militares especializados da Marinha, FAB e Exército treinaram juntos os protocolos de descontaminação NBQR, incluindo o uso de trajes de proteção, filtros e zonas seguras de atendimento.

No navio “Oswaldo Cruz”, as equipes de saúde realizaram atendimentos simulados a pacientes contaminados, aplicando procedimentos rigorosos para garantir a integridade da tripulação e das equipes médicas. O exercício também contemplou interações com o transporte aéreo, com pousos intermediários para estabilização de vítimas antes da transferência para hospitais de maior complexidade.

Amazônia: fronteira estratégica e ambiente de desafios

A escolha da região amazônica para o exercício reforça a importância da interoperabilidade das Forças Armadas em áreas remotas, onde o acesso a recursos logísticos é limitado e o tempo de resposta é decisivo. A Amazônia impõe desafios operacionais únicos, tornando essencial a integração entre meios navais, aéreos e terrestres.

Segundo o Capitão de Mar e Guerra Anderson Mattos, Comandante de Proteção e Defesa NBQR da Marinha, o exercício é uma oportunidade de conhecer os parceiros e testar a capacidade de resposta a ameaças não convencionais, como acidentes em indústrias químicas ou biológicas, ataques com agentes tóxicos e até desastres radiológicos. A iniciativa fortalece o preparo nacional para atuar dentro e fora do território brasileiro, especialmente no entorno estratégico da América do Sul.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).