O Comando do 4º Distrito Naval e a Sociedade Amigos da Marinha-Pará (Soamar-Pará) promoverem, no dia 7 de dezembro, o “Natal dos Ribeirinhos”, ação cívico-social na Ilha do Combu, em Belém. O evento reuniu 370 famílias das comunidades Beira Rio, São Benedito, Igarapé Combu, Rio Jordão e Ilha Grande. Os ribeirinhos receberam mais de 400 cestas de alimentos e 400 brinquedos, além de orientações sobre segurança da navegação e saúde bucal.
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Além da tradicional doação realizada pela Soamar-Pará, o “Natal dos Ribeirinhos” contou com os apoios da Federação das Indústrias do Pará e do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu. O evento foi aberto pelo Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Comandante do 4º Distrito Naval e Comandante em Chefe da Esquadra da Marinha do Brasil. “Os ribeirinhos são a razão de ser desse nosso evento. Agradecemos a participação dos Amigos da Marinha. Esta é uma ação que fazemos com amor”, disse.
Militares cirurgiãs-dentistas do Hospital Naval de Belém orientaram as crianças sobre cuidados básicos de higiene bucal, maneiras corretas de evitar o surgimento de doenças relacionadas à má higienização dos dentes e da língua. Foram distribuídos 300 kits com escova, creme dental e fio dental.
Durante a ação cívico-social, militares da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental abordaram temas como a importância do uso do colete salva-vidas e da cobertura de eixo das embarcações, equipamento distribuído gratuitamente pela Marinha e que previne acidentes de escalpelamento.
Moradora da comunidade Ilha Grande, a coletora de açaí Maria Célia da Conceição dos Santos, 52 anos, foi vítima de escalpelamento há 10 anos. Ela conta que escorregou ao tentar buscar uma vasilha no assoalho do barco do marido, quando foi puxada pelo eixo do motor da embarcação. Maria perdeu parte de uma orelha e do couro cabeludo, além de ter sofrido ferimentos nas pernas. “Não tinha proteção, tinha uma tábua. Eu me abaixei para pegar a vasilha e escorreguei. É uma dor inesquecível. Eu falo para as pessoas, quando vejo [barcos sem cobertura de eixo], digo ‘vão lá na Marinha que eles colocam’”, diz a ribeirinha.
A Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lei 9.537/97) prevê a obrigatoriedade do uso de proteção no motor, eixo e quaisquer outras partes móveis das embarcações que possam promover riscos à integridade física dos passageiros e da tripulação.