Contribuir para os Projetos Estratégicos da Força Naval nos próximos anos, projetando o primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) brasileiro e ainda participar do desenvolvimento do Programa de Obtenção de Navios Patrulha (PRONAPA). Estes serão os imediatos desafios do Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN), a nova Organização Militar da Marinha do Brasil inaugurada nesta sexta-feira, 9 de dezembro, no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no estado do Rio de Janeiro.

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O novo Centro de Projetos da Força Naval atuará de forma integrada no desenvolvimento de projetos de meios navais em um único polo de engenharia nacional, aproveitando-se da estrutura e dos profissionais altamente especializados que antes pertenciam ao Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDSub) e ao Centro de Projetos de Navios (CPN), organizações militares extintas com a criação do CPSN.

Essa decisão da Marinha permitirá a centralização no desenvolvimento de projetos de engenharia dos novos navios e submarinos que serão fabricados nos próximos anos, valendo-se da capacidade e integração do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e do CNI, um dos complexos industriais mais modernos do País.

No decorrer da Cerimônia de Mostra de Ativação do CPSN, com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos e de membros do Almirantado, o Contra-Almirante (Engenheiro Naval) Rogério Corrêa Borges assumiu a direção da nova Organização Militar, que ficará subordinada à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. E para falar dos principais desafios do CPSN, o Contra-Almirante Borges concedeu entrevista para a Agência Marinha de Notícias. Confira os principais trechos:

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Contra-Almirante (Engenheiro Naval) Rogério Corrêa Borges assumiu a direção da Centro de Projetos de Sistemas Navais

Por que a Marinha decidiu criar o Centro de Projetos de Sistemas Navais?
Na busca permanente pelo aprimoramento dos seus processos de gestão, visando à preparação de uma Marinha moderna, equilibrada e balanceada, a Administração Naval tem aplicado continuado esforço na revisão da sua estrutura organizacional com o propósito de readequá-la a uma gestão mais moderna, eficiente e menos onerosa.

Nesse contexto, identificou a oportunidade de criar um polo de excelência para o desenvolvimento de projetos de meios navais, aproveitando-se do notório capital humano disponível no Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDSub) e no Centro de Projetos de Navios (CPN), organizações com tarefas finalísticas similares. Assim, o CPSN foi criado com pessoal altamente qualificado, egresso das duas OM de origem, capitalizando o conhecimento e expertise já adquirido, otimizando custos para a preservação e aprimoramento dessa capacitação técnica e flexibilizando seu emprego nos diversos projetos de meios navais.

Quais são os principais desafios da nova Organização Militar?
O CPSN iniciará a sua trajetória com desafios a serem superados, entre eles, o da imediata integração das equipes técnicas de projeto oriundas do CDSub e do CPN, concentrando o conhecimento adquirido por ambas instituições ao longo de suas histórias e adotando uma metodologia unificada de trabalho.

Continuamente, o estabelecimento de parcerias tecnológicas e/ou industriais com empresas da área da construção naval, inseridas nos modelos de negócios definidos pela Administração Naval, será tratado de forma a garantir a participação deste Centro de Projetos em programas estratégicos de construção de meios de superfície, entre eles, por exemplo, o Navio-Patrulha de 500 toneladas.

Além disso, o CPSN dará continuidade ao projeto de detalhamento do SCPN, com ênfase na elaboração das especificações de construção e de industrialização necessárias à construção da seção de qualificação de seu casco resistente, assim como da seção preliminar, a partir de 2023.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).