Titã em órbita à volta de Saturno. Imagem: NASA/JPL-Caltech/Instituto de Ciências Espaciais

Em Titã, uma das luas de Saturno, os hidrocarbonetos – substâncias da mesma família que o gás natural, o diesel e a gasolina – são como água. Literalmente. Dados obtidos pela sonda Cassini mostram que há mais hidrocarbonetos em lagos, mares e dunas em Titã do que todas as reservas de óleo e gás conhecidas na Terra.

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Nessa lua, os hidrocarbonetos caem do céu como chuva e neve, e se acumulam em lagos e dunas.

Depois de mapear cerca de 20% da superfície de Titã usando sinais de radar, a Cassini revelou centenas de lagos e mares, com várias dezenas contendo mais hidrocarbonetos líquidos que todas as reservas de óleo e gás terrestres. As dunas que correm ao longo do equador contêm centenas de vezes mais matéria orgânica que as reservas de carvão da Terra.   Esses resultados são apresentados pelo físico Ralph Lorenz no periódico especializado Geophysical Research Letters.   As reservas provadas de gás natural da Terra são de 130 bilhões de toneladas. Dezenas de lagos em Titã têm quantias de etano e metano capazes de gerar energia equivalente à desse volume de gás.

Lorenz diz que sua estimativa é baseada, principalmente, em leituras de lagos localizados no hemisfério norte de Titã. “Supomos que o sul pode ser parecido, mas na verdade não sabemos quanto líquido existe lá”, diz ele, de acordo com nota divulgada pela Nasa.

A profundidade dos lagos de Titã foi estimada com base na altura das montanhas circundantes: na Terra, a profundidade de um lago geralmente equivale a cerca de 10% da altura do terreno ao redor.   A sonda Cassini foi lançada em 1997, e chegou ao sistema de luas de Saturno em 2004. Ela transportou outra sonda, a Huygens, que foi lançada na atmosfera de Titã, fazendo diversas leituras durante sua queda rumo à superfície, em 2005.

Fonte: Estadão

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).