Navio Anfíbio Porta-Helicópteros “Tonnerre” da Marinha Nacional da França

A Operação “Jeanne D’Arc 2024” iniciou-se em 14 de abril, marcando mais um capítulo na cooperação militar entre a Marinha do Brasil (MB) e as Forças Armadas da França, incluindo a Marinha Nacional da França (MNF) e a 9ª Brigada do Exército da França. O exercício, situado na área marítima entre o Rio de Janeiro e Mangaratiba, envolve cerca de 2.250 militares e estende-se até o dia 20 de abril, consolidando não apenas as relações diplomáticas mas também as capacidades táticas dos participantes.

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Desenvolvimento da Operação e suas Fases

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Embarcação de Desembarque de Carga Geral “Marambaia” (L20) desembarcando tropas de Fuzileiros Navais em operações anteriores – Crédito: Marinha do Brasil

A operação é dividida em duas fases principais: a fase de mar, que vai de 14 a 16 de abril, e a fase de porto, de 17 a 20 de abril. Durante a fase de mar, a ênfase é dada à execução de uma Incursão Anfíbia no Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM) e ao controle de área marítima adjacente. Este treinamento é vital para simular a projeção de poder em um contexto de hostilidade, seguido por uma retirada estratégica, destacando a agilidade e eficácia das forças combinadas.

Meios Empregados e Interoperabilidade

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Fragata “Liberal” (F43) e Carro-Lagarta Anfíbio (CLAnf) fazem parte da Operação “Jeanne D’Arc 2024” – Crédito: Marinha do Brasil

Em termos de recursos, a Operação “Jeanne D’Arc” apresenta um arsenal impressionante: o Navio Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, a Fragata “Liberal”, e diversas aeronaves, incluindo UH-12 “Esquilo”, UH-15 “Super Cougar” e SH-16 “Seahawk”. Da parte francesa, contribuem o Porta-Helicópteros “Tonnerre”, a Fragata “Guépratte”, e helicópteros como o SA 341/342 “Gazelle”. Essa diversidade de equipamentos e a execução de manobras complexas, como o Helo Cross Deck e Leap Frog, são testemunhas da alta capacidade de interoperabilidade alcançada pelas forças envolvidas.

Demonstrações Táticas e Operações Anfíbias

A demonstração operativa planejada para 15 de abril na Ilha da Marambaia exemplifica a integração tática entre as forças. Militares de ambos os países realizarão desembarques anfíbios e manobras de superfície destinadas a simular a defesa das águas jurisdicionais e o ataque a infraestruturas inimigas. Além disso, a infiltração por Operações Especiais via Salto Livre Operacional adiciona uma camada de complexidade e realismo ao exercício.

Aprimoramento Contínuo e Cooperação Estratégica

A operação não apenas serve como um treinamento para as táticas de combate e manobras navais, mas também fortalece o estreitamento dos laços de amizade e cooperação entre Brasil e França. Através de exercícios conjuntos e compartilhamento de conhecimentos, ambas as nações beneficiam-se mutuamente e contribuem para a segurança regional e a estabilidade política e militar.