David Shankbone, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons

Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano e uma das figuras mais influentes na diplomacia mundial, faleceu nesta quarta-feira, 29 de novembro, aos 100 anos. A morte ocorreu em sua casa, localizada no Connecticut, conforme anunciado pela Kissinger Associates Inc., empresa de consultoria fundada por ele. Detalhes sobre a causa do falecimento não foram divulgados, mas sua passagem marca o fim de uma era na política externa dos Estados Unidos e no cenário global.

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Trajetória e Contribuições

Nascido na Alemanha e refugiado judeu, Kissinger foi um protagonista na diplomacia durante a tensa era da Guerra Fria, assumindo papéis fundamentais como conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado no governo do presidente republicano Richard Nixon. Sua atuação foi crucial em diversos momentos históricos, como na abertura dos EUA para a China, nas negociações de controle de armas com a União Soviética, na expansão das relações entre Israel e países árabes, e nos acordos de Paz de Paris com o Vietnam do Norte.

Controvérsias e Críticas

Embora tenha sido uma figura louvada por seu intelecto e habilidade diplomática, Kissinger também enfrentou críticas severas e foi tachado por alguns como criminoso de guerra. Essas acusações vieram principalmente de seu apoio a regimes anticomunistas na América Latina e por ações como o bombardeio secreto no Camboja. As polêmicas em torno de seu Prêmio Nobel da Paz, recebido em 1973, exemplificam as divisões de opinião a respeito de seu legado.

Últimos Anos e Legado

Mesmo após deixar o cargo oficial, Kissinger continuou a ser uma voz influente e ativa na política externa, marcando presença em discussões importantes e oferecendo suas visões sobre temas globais. Seus últimos anos foram marcados por limitações em viagens internacionais, devido a esforços de outros países em questioná-lo sobre políticas passadas dos EUA.

Sepultamento e Homenagens

O sepultamento de Kissinger ocorrerá em uma cerimônia privada para a família, seguida de uma solenidade pública em Nova York. Sua morte não apenas fecha um capítulo significativo na história da diplomacia, mas também convida a reflexões sobre seu papel controverso e multifacetado na construção do cenário político global.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).