Forças Armadas e IBAMA destroem pistas de garimpo ilegal na TI Yanomami

A Terra Indígena Yanomami viu uma nova ofensiva contra o garimpo ilegal quando tropas da Operação CATRIMANI II, enfrentando adversidades como clima chuvoso e estradas alagadas, destruíram 11 pistas de pouso utilizadas por garimpeiros. A operação, ocorrida de 03 a 07 de julho, contou com a colaboração das Forças Armadas, Força Nacional e IBAMA.

Contexto da Operação CATRIMANI II

A Operação CATRIMANI II foi autorizada pela Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, com o objetivo de reprimir atividades ilegais de garimpo, combater crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços na Terra Indígena Yanomami. Esta ação é uma colaboração entre diversos órgãos de segurança pública e agências governamentais, incluindo as Forças Armadas, Força Nacional e IBAMA, coordenados pela Casa de Governo de Roraima. O objetivo principal é proteger o meio ambiente e a população indígena local, prevenindo danos ecológicos e sociais causados pelo garimpo ilegal.

Desafios Enfrentados

Durante a operação, as tropas tiveram que superar uma série de desafios logísticos e climáticos. As estradas alagadas e o clima chuvoso dificultaram o acesso às localidades onde as pistas estavam situadas. A densidade da floresta amazônica também impôs obstáculos significativos, exigindo uma coordenação precisa e um esforço contínuo das equipes no terreno. Apesar dessas adversidades, a determinação e a resiliência dos militares e agentes envolvidos foram cruciais para o sucesso da missão.

Métodos de Destruição das Pistas

Para inutilizar as pistas de pouso utilizadas pelos garimpeiros, as Forças Armadas e os agentes do IBAMA empregaram técnicas específicas de engenharia. Utilizando quatro viaturas de grande porte e uma escavadeira especializada, as equipes realizaram “cortes” – valas profundas de até 2 metros – a cada 100 metros nas pistas. Este método garantiu que as pistas fossem completamente inutilizadas, impedindo que qualquer aeronave pudesse realizar pousos nesses locais no futuro. A destruição das pistas foi realizada em ordem de prioridade, conforme o planejamento estratégico conjunto.

Resultados da Operação

A destruição das 11 pistas de pouso representa um golpe significativo na logística do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Ao impossibilitar o uso dessas pistas, a operação dificulta o transporte de equipamentos e pessoas envolvidas nas atividades ilegais, reduzindo assim o impacto ambiental e social na região. Os resultados imediatos incluem a interrupção das operações de garimpo, o que contribui para a preservação do território Yanomami e a proteção das comunidades indígenas.

Depoimentos dos Envolvidos

Militares e agentes envolvidos na Operação CATRIMANI II destacaram a importância da missão e os desafios enfrentados. Um dos comandantes do Comando Conjunto Catrimani afirmou: “Apesar das dificuldades, nosso comprometimento com a proteção da Amazônia e das comunidades indígenas nos motivou a superar todos os obstáculos. Essa operação é um passo crucial na luta contra o garimpo ilegal.” Outros relatos enfatizaram a cooperação e a coordenação eficaz entre os diversos órgãos envolvidos, essencial para o sucesso da missão.