Força Aérea derruba avião irregular na divisa MT–PA

Avião militar sobrevoando floresta densa brasileira.
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Uma operação coordenada entre a Força Aérea Brasileira (FAB), a Polícia Federal e o GEFRON resultou na interceptação de uma aeronave do tráfico na Amazônia. Após ser detectado pelo CINDACTA IV, o bimotor oriundo do Peru foi abordado por caças A-29 Super Tucano, não respondeu aos comandos e acabou colidindo com o solo. Dois cidadãos bolivianos foram presos e pacotes com substância análoga à maconha foram apreendidos em meio à mata fechada na região da Aldeia Ariramba, na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará.

Operação Ostium e o papel da FAB no combate ao tráfego aéreo ilícito

A ação faz parte da Operação Ostium, iniciativa do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que visa reforçar o policiamento do espaço aéreo e terrestre em áreas críticas de entrada de ilícitos no Brasil. Coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a operação segue rígidos protocolos de interceptação, começando com o reconhecimento visual, a interrogação aérea e, se necessário, medidas coercitivas de mudança de rota.

Os caças A-29 Super Tucano, empregados na missão, são aeronaves de ataque leve com alta capacidade de manobra, ideais para ações de interdição aérea. O apoio do helicóptero H-60 Black Hawk foi fundamental para o deslocamento de agentes da Polícia Federal, que realizaram as Medidas de Controle no Solo (MCS). A efetividade da resposta ilustra o grau de preparo e prontidão da FAB para ações rápidas em áreas de difícil acesso.

Cooperação interagências: FAB, PF e GEFRON contra o narcotráfico

A interceptação bem-sucedida evidencia a importância da integração entre forças federais e estaduais no combate ao crime transnacional. A atuação conjunta da FAB com a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), vinculado à PM de Mato Grosso, permite uma cobertura operacional ampla e eficiente em áreas de fronteira, onde o narcotráfico costuma explorar a baixa presença do Estado.

O uso de inteligência compartilhada, articulação logística e protocolos operacionais padronizados entre as agências garante uma resposta coordenada e sinérgica, elevando a capacidade do Estado brasileiro de conter o fluxo de aeronaves ilegais e identificar rotas de tráfico utilizadas por organizações criminosas.

A importância estratégica do controle do espaço aéreo na Amazônia

A Amazônia Legal é uma região de importância geopolítica crítica para o Brasil. Sua vasta extensão, baixa densidade populacional e localização fronteiriça com países produtores de drogas tornam o espaço aéreo amazônico um alvo frequente de violações por aeronaves do tráfico. O controle dessa área é vital para proteger a soberania nacional, impedir o avanço do crime organizado e assegurar a segurança das populações locais.

Operações como essa demonstram que a capacidade de dissuasão do Estado brasileiro está ativa e em evolução, com investimento contínuo em equipamentos, treinamento e integração de forças. Cada ação bem-sucedida não apenas enfraquece o narcotráfico, mas envia um recado claro sobre a vigilância ativa do país sobre seu território aéreo e terrestre.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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