FAB e PF interceptam aeronave com 500 kg de drogas no Amazonas

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Quando um avião suspeito rompeu os limites do espaço aéreo brasileiro, a resposta foi imediata. Em uma ação coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), caças A-29 Super Tucano e aeronaves de reconhecimento E-99 entraram em ação para interceptar a aeronave clandestina que trazia 500 kg de drogas do Peru para o Brasil. A missão, realizada em cooperação com a Polícia Federal (PF), foi mais um golpe contra o tráfico na Amazônia.

A interceptação e os procedimentos da FAB

A aeronave modelo EMB-810 Seneca, matrícula PT-RFU, foi detectada pelos radares do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA) enquanto ingressava no espaço aéreo nacional sem plano de voo autorizado. Diante da ameaça, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) rapidamente mobilizou suas aeronaves para interceptação.

O procedimento seguiu os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), que incluem a identificação visual da aeronave suspeita, comunicação via rádio e ordens progressivas para mudança de rota e pouso obrigatório. A interceptação ocorreu por volta das 10h (horário de Brasília), quando os pilotos da FAB deram a ordem para que a aeronave seguisse para um aeródromo determinado.

Ignorando os comandos, a tripulação da aeronave optou por realizar um pouso forçado em uma pista de terra, situada a cerca de 80 quilômetros de Manaus (AM). Durante a aterrissagem, a aeronave colidiu com árvores, impossibilitando sua decolagem. Antes da chegada das forças de segurança, os ocupantes incendiaram o avião e fugiram, deixando para trás os destroços e a carga ilícita, avaliada em 500 kg de maconha e haxixe.

Ação conjunta da FAB e PF no combate ao tráfico aéreo

A operação bem-sucedida reforça a importância da atuação conjunta entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública no combate ao crime organizado. O uso integrado de tecnologias de ponta, como radares terrestres, aeronaves de reconhecimento e plataformas orbitais (satélites), possibilita a vigilância constante das fronteiras, dificultando a ação de criminosos que tentam burlar os sistemas de controle aéreo.

A Polícia Federal foi acionada imediatamente após a interceptação e iniciou as investigações no local onde a aeronave fez o pouso forçado. Estima-se que toda a carga de entorpecentes tenha sido consumida pelo incêndio, o que dificultou a perícia e a quantificação exata das substâncias. A PF segue na busca pelos responsáveis pelo transporte da droga e seus possíveis destinatários dentro do território brasileiro.

As investigações também buscam identificar se a aeronave possuía ligações com organizações criminosas internacionais e qual era a rede de distribuição da droga no Brasil. O trabalho conjunto da FAB e da PF demonstra a capacidade do país de responder de forma rápida e eficaz às ameaças que utilizam o espaço aéreo para fins ilícitos.

O papel da Operação Ostium na defesa das fronteiras

A ação integra a Operação Ostium, que faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), criado para fortalecer a segurança nos limites territoriais do Brasil. Sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o programa visa reprimir crimes transnacionais, como o tráfico de drogas e o contrabando, utilizando operações interagências para ampliar a capacidade de monitoramento e resposta.

Desde sua implementação, a Operação Ostium tem dificultado a atuação de traficantes que tentam explorar o vasto espaço aéreo brasileiro para o transporte de entorpecentes. A operação se baseia no uso contínuo de inteligência, vigilância aérea e terrestre e uma resposta rápida para impedir a entrada de ilícitos no país.

O sucesso dessa interceptação reafirma o compromisso das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública com a proteção das fronteiras nacionais. Em um cenário onde o crime organizado se reinventa constantemente, a integração entre diferentes instituições e o uso de tecnologia de ponta são fundamentais para impedir a ação de grupos criminosos e garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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