Em uma operação que reforça a importância da presença militar na defesa ambiental, militares do Comando de Fronteira Solimões, em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), executaram uma missão bem-sucedida de resgate e libertação de 96 cágados tracajás na região amazônica. Este evento, ocorrido na quinta-feira, 21 de dezembro, é um reflexo da efetiva participação das Forças Armadas na proteção da biodiversidade e na manutenção da segurança em áreas estratégicas do país.

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Descoberta e Resgate

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O episódio começou quando, durante uma missão de apoio à FUNAI, os militares localizaram uma canoa abandonada às margens do Rio Ituí. A inspeção da embarcação revelou a presença dos tracajás aprisionados, um indicativo preocupante da caça predatória que afeta a fauna local. A ausência de responsáveis pela embarcação salienta um desafio recorrente na região: o combate ao crime ambiental de forma oculta e evasiva.

Saúde e Solução dos Tracajás

Após uma avaliação cuidadosa que confirmou o bom estado de saúde dos animais, os agentes da FUNAI, com o suporte dos militares, efetuaram a soltura dos tracajás. Esta ação, alinhada à legislação ambiental vigente, destaca o respeito e cuidado com as espécies nativas. Os tracajás, cágados característicos da Amazônia, enfrentam riscos significativos devido à caça ilegal, tornando iniciativas como esta cruciais para a preservação da espécie.

Operação Itaquaí: Contexto e Importância

A assistência do Exército à FUNAI faz parte da Operação Itaquaí, uma iniciativa estratégica voltada à fiscalização e controle das terras indígenas no Vale do Javari. O principal objetivo é prevenir crimes ambientais e garantir a segurança da população indígena, que frequentemente se vê ameaçada por atividades ilícitas em seus territórios. A presença constante e eficaz do Exército na Amazônia Ocidental não apenas reforça a capacidade operacional da Força Terrestre, mas também sublinha o seu comprometimento com a proteção da Amazônia, dos povos indígenas e do meio ambiente. Esta operação, portanto, é um exemplo emblemático da interação entre defesa nacional, segurança pública e conservação ambiental.

Perspectivas Futuras

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O sucesso desta operação demonstra a capacidade do Exército Brasileiro de atuar como um agente ativo na proteção ambiental, um papel que ganha cada vez mais relevância diante dos desafios globais de sustentabilidade. Este episódio reforça a importância da tríplice hélice – a sinergia entre as forças armadas, a indústria e a academia – na formulação de estratégias eficazes para a defesa e o desenvolvimento sustentável do Brasil. Assim, o Exército Brasileiro se posiciona não apenas como guardião da soberania nacional, mas também como um protetor vital da riqueza natural e cultural do país.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).