A cobertura jornalística em áreas de conflito é frequentemente glamorizada ou, em alguns casos, mal interpretada por aqueles que veem de fora. É uma jornada repleta de desafios, perigos e, acima de tudo, responsabilidade. Em um curso de Cobertura Jornalística em Área de Combate, aprende-se não apenas as técnicas e estratégias para reportar sob condições extremas, mas também vivencia-se na pele o que significa estar no coração de uma zona de conflito. Este artigo busca desvendar os bastidores de um dos momentos mais intensos e reveladores para jornalistas nessa área – um despertar para a realidade que muitos não esperavam.

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Entendendo o Ambiente de Conflito

O primeiro passo em nossa jornada é compreender o cenário em que os jornalistas se inserem ao cobrir zonas de conflito. Diferentemente de uma cobertura convencional, o ambiente aqui é imprevisível e repleto de riscos. É crucial entender que, além dos desafios físicos, como a navegação por terrenos perigosos e a constante ameaça à segurança, há também desafios psicológicos significativos. O impacto emocional de testemunhar sofrimento e destruição de perto pode ser profundo e duradouro.

A Realidade Além das Palavras

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Durante o curso, um momento-chave é quando os participantes são levados para simulações que imitam as condições reais de uma área de conflito. É nesse instante que a linha entre comentar e viver a situação se torna tênue. Jornalistas aprendem rapidamente que cobrir uma zona de conflito vai muito além da capacidade de reportar; exige resiliência, coragem e uma profunda compreensão dos limites humanos e éticos. Este é o ponto de inflexão para muitos, um momento de autoconhecimento e reconhecimento da magnitude da tarefa que têm em mãos.

As Ferramentas do Trade

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Além da preparação psicológica, o curso enfatiza a importância das ferramentas e técnicas específicas para a cobertura em zonas de conflito. Desde equipamentos de segurança pessoal até câmeras e dispositivos adaptados para ambientes hostis, cada peça é vital para a segurança e eficácia do jornalista no campo. Aprender a utilizar estas ferramentas sob pressão é uma habilidade inestimável que o curso visa incutir em seus participantes.

Reflexões e Perspectivas

Ao final do curso, os jornalistas emergem não apenas com um conjunto aprimorado de habilidades técnicas, mas também com uma nova perspectiva sobre o que significa reportar em áreas de conflito. A distância entre comentar a partir de uma posição segura e viver a realidade no terreno é vasta, e cruzar essa distância muda fundamentalmente a maneira como veem seu papel e responsabilidade como jornalistas.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).