DECEA reúne especialistas em UAS para discutir segurança no uso de drones

Fotos: Luiz Perez e S2 Rubens
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Na última quarta-feira (18/09), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou a 4ª edição do Workshop UAS, reunindo cerca de 150 representantes de órgãos reguladores e de segurança pública. O evento, que aconteceu de forma híbrida no Rio de Janeiro e contou com mais de 3.000 visualizações online, abordou o uso seguro de drones, regulamentação e a colaboração entre agências para a fiscalização e o controle do espaço aéreo. A iniciativa reforça o compromisso do DECEA com a modernização e segurança da navegação aérea.

Operacionalidade e Interoperabilidade dos Drones no Espaço Aéreo

Durante o workshop, um dos principais pontos discutidos foi a necessidade de aprimorar a operacionalidade e interoperabilidade dos drones (Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas – UAS) no espaço aéreo brasileiro. O Vice-Diretor do DECEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, destacou que a colaboração entre as instituições é essencial para garantir o uso seguro dos drones. “Nosso objetivo é tratar de operacionalidade e interoperabilidade entre as instituições”, ressaltou ele.

As normas operacionais para os drones, incluindo a certificação e homologação de equipamentos, foram amplamente debatidas pelos órgãos reguladores, como ANAC e ANATEL. O workshop também abordou as sanções administrativas para o uso irregular dos UAS e a criação de Zonas de Restrição de Voo (FRZ), que são fundamentais para evitar interferências em grandes eventos e áreas sensíveis. Nesse sentido, o Major-Brigadeiro Sérgio Bastos mencionou a importância da aplicação dessas boas práticas na próxima Cúpula de Líderes do G20, prevista para novembro, onde o uso de drones deverá ser coordenado para garantir a segurança do evento.

O Papel das Agências Reguladoras no Desenvolvimento do Segmento de Drones

Fotos: Luiz Perez e S2 Rubens

A participação de agências reguladoras como a ANAC e a ANATEL foi um dos pontos altos do workshop. Conrado Klein, Gerente Técnico de Vigilância Continuada da ANAC, e Vinicíus Puga, Engenheiro Especialista em Regulação da ANATEL, destacaram a importância da regulamentação no desenvolvimento seguro e eficiente do uso de drones no Brasil. Klein enfatizou a necessidade de um diálogo constante entre os órgãos públicos e a sociedade para garantir que as operações de UAS sejam seguras e alinhadas com as regras estabelecidas.

Vinicíus Puga ressaltou a importância de os drones estarem homologados e habilitados para operar nas frequências de rádio designadas, evitando interferências com outros sistemas críticos. Ele destacou que o envolvimento de profissionais de diferentes áreas, como telecomunicações e aviação, é essencial para aprimorar a regulamentação. “Precisamos nos unir para debater o que pode ser feito para melhorar a regulamentação e para informar sobre as regras”, afirmou Puga.

O evento também proporcionou uma importante troca de experiências entre os diversos participantes, permitindo que reguladores, especialistas em segurança pública e operadores de drones discutissem desafios e soluções para o futuro do setor. O coordenador do evento, Capitão Eduardo Araújo da Silva, destacou que a troca de conhecimentos entre os órgãos reguladores e os que fiscalizam e operam os drones é essencial para o uso responsável dessa tecnologia disruptiva.

O Crescimento do Uso de Drones na Segurança Pública e Fiscalização

Fotos: Luiz Perez e S2 Rubens

Os drones têm se tornado ferramentas cada vez mais eficazes para fiscalização e operações de segurança pública. No workshop, diversos representantes de órgãos de segurança discutiram como os UAS estão sendo usados para monitoramento de áreas urbanas, controle de fronteiras e operações de resgate. Seu uso em operações de inteligência também foi abordado, com foco em missões que exigem maior discrição e abrangência de áreas.

Além disso, o uso de drones levanta preocupações relacionadas à segurança cibernética. Garantir que as aeronaves não tripuladas operem sem causar interferências em outros sistemas de comunicação ou navegação é essencial para a segurança do espaço aéreo. O workshop abordou práticas que podem ser adotadas para proteger as operações de UAS contra possíveis ataques cibernéticos ou falhas de comunicação.

Os benefícios para a sociedade também foram um tema de destaque. O uso de drones em operações de segurança e fiscalização traz grandes vantagens, como a possibilidade de acessar áreas de difícil alcance e realizar monitoramento em tempo real com custos reduzidos. Esses dispositivos têm o potencial de melhorar a eficiência das operações públicas e de gerar impactos positivos no controle de áreas críticas, como regiões de fronteira e zonas urbanas de risco.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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