De volta ao mar: tartarugas são devolvidas ao oceano após reabilitação

A parceria entre a Eletronuclear e a UERJ permitiu que as tartarugas Loirinha e Paçoca voltassem ao oceano após um período de recuperação e reabilitação

Em meio à emoção e ao alívio, duas tartarugas, batizadas de Loirinha e Paçoca, voltaram ao oceano nesta quinta-feira (22) graças ao esforço coletivo do Programa Tartaruga Viva. Promovida pela Eletronuclear e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desde 2018, a iniciativa tem como objetivo o resgate e a reabilitação desses animais marinhos, destacando a importância da preservação das espécies e da manutenção do equilíbrio marinho. O caso de Loirinha e Paçoca demonstra a urgência do combate à poluição dos oceanos e a necessidade de conscientização para a proteção de nossos mares.

As Tartarugas e Sua Jornada de Recuperação

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Encontrada boiando e incapaz de se alimentar sozinha, Loirinha passou cerca de três meses sob os cuidados do programa. Após um longo tratamento para remover o lixo que havia ingerido, a tartaruga finalmente recuperou sua saúde. Paçoca, por outro lado, foi resgatada com baixa mobilidade provavelmente devido a uma infecção. Ela também foi tratada e reabilitada pela equipe do projeto em menos de um mês. Durante sua recuperação, as tartarugas receberam cuidados intensivos, incluindo medicamentos, vitaminas, alimentação adequada, e uma série de exames para diagnosticar e tratar suas doenças.

O Compromisso com a Conservação e Uso Sustentável dos Oceanos

De acordo com o coordenador do programa e diretor da faculdade de oceanografia da UERJ, Marcos Bastos, o Tartaruga Viva está alinhado com a agenda global de 2021 a 2030 para a conservação e uso sustentável dos oceanos. Ele atribui o sucesso do programa ao comprometimento da equipe e ao apoio da Eletronuclear, que abraçou a causa e demonstra uma preocupação genuína com a biodiversidade local.

Impacto da Poluição Marinha e o Papel do Programa Tartaruga Viva

Segundo a bióloga do programa, Naiara Tessaro, cerca de 80% das tartarugas chegam ao programa mortas ou defecando lixo. Ela destaca que as tartarugas marinhas não conseguem distinguir o lixo da comida e, portanto, consomem tudo o que encontram boiando. A poluição marinha, juntamente com os resíduos de pesca e atropelamentos por embarcações, são as principais ameaças à sobrevivência desses animais. Para combater esses problemas, o Programa Tartaruga Viva realiza o monitoramento das populações marinhas na área de influência das usinas nucleares de Angra dos Reis, na Baía de Ilha Grande, além de oferecer educação ambiental na região.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).