Colégio Naval abre seleção: inscrições de 31/3 a 29/4

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Para quem sonha em seguir carreira naval, o caminho começa cedo. A Marinha do Brasil divulgou o edital do Concurso Público de Admissão ao Colégio Naval (CPACN), instituição referência em ensino e formação militar. As inscrições vão de 31 de março a 29 de abril, e o certame oferece 153 vagas para jovens de ambos os sexos que desejam trilhar a jornada rumo à Escola Naval e à oficialidade.

Etapas do concurso, requisitos e estrutura do curso no Colégio Naval

O concurso está estruturado em três etapas. A primeira é composta por provas objetivas de Matemática, Inglês, Português, Estudos Sociais, Ciências e uma redação. Os candidatos aprovados seguem para a segunda fase, que envolve eventos complementares eliminatórios: verificação de dados biográficos, inspeção de saúde, teste de aptidão física e avaliação psicológica. Por fim, os classificados participam de um período de adaptação em internato de três semanas, onde recebem as platinas de aluno e iniciam o Curso de Preparação de Aspirantes.

Para concorrer, é necessário ter ensino fundamental completo, idade entre 15 e 17 anos em 30 de junho de 2026, não ter filhos, não ser casado(a) ou viver em união estável. Ao todo, são 141 vagas para homens (28 reservadas para candidatos negros) e 12 para mulheres (2 para candidatas negras). Localizado em Angra dos Reis (RJ), o Colégio Naval oferece formação acadêmica e militar de excelência. Os alunos recebem remuneração de R$ 1.398,30, além de alimentação, uniforme, assistência médica, psicológica e educacional.

O impacto da inclusão feminina e a valorização da educação pública de excelência

Um dos marcos recentes do CPACN foi a inclusão de mulheres no processo seletivo, que ampliou o acesso à formação militar e reforçou a equidade de oportunidades. Em 2025, o edital mantém as vagas femininas e incentiva a participação de jovens de diferentes origens, consolidando o Colégio Naval como símbolo de educação pública inclusiva e de alta performance. A instituição, inclusive, ocupa o 1º lugar no Ideb entre escolas públicas do Rio de Janeiro, demonstrando o impacto positivo de sua metodologia pedagógica e disciplina militar.

Além da formação técnica e intelectual, o Colégio Naval atua na formação ética e cidadã de seus alunos. A convivência com instrutores civis e militares, combinada com um ambiente de exigência física e acadêmica, prepara os jovens para liderar e servir. A Marinha destaca que o CPACN representa não apenas uma chance profissional, mas uma transformação de vida para centenas de adolescentes brasileiros, especialmente aqueles vindos de famílias de baixa renda que veem na carreira naval uma oportunidade concreta de crescimento.

Saiba mais sobre o concurso: https://www.concursos.marinha.mil.br/

Histórias inspiradoras de jovens aprovados e o valor da persistência

O caminho até o Colégio Naval exige mais do que boas notas — exige disciplina, estratégia e resiliência. É o que mostram histórias como a de Enzo Castro Burlini Delmonego, aprovado após dois anos de preparação intensa. Estudando mais de 12 horas por dia durante a semana e conciliando o ensino médio com os estudos específicos para o concurso, Burlini relata que os maiores desafios foram manter a motivação e superar o insucesso da primeira tentativa. “O que me manteve firme foi lembrar das recompensas e do apoio da minha família”, afirma.

Outro exemplo é o de Maria Eduarda de Assis Vieira, aprovada em sua primeira tentativa. Ela fez história ao conquistar uma vaga logo no primeiro edital com vagas femininas. Com organização e uso de recursos gratuitos como vídeos, simulados e provas anteriores, Maria superou as dificuldades conciliando o colégio civil com os estudos para o CPACN. Sua maior inspiração veio de casa: a mãe militar. Hoje, ela representa o sonho de muitas jovens que vislumbram a carreira naval como um projeto de vida, superação e pertencimento.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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