COTER coordena intercâmbio internacional sobre defesa QBRN

Soldados em frente ao batalhão de defesa química.
Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Entre os dias 25 e 27 de março, o Comando de Operações Terrestres (COTER) reuniu especialistas civis e militares no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, para coordenar o “Non-Conventional Threats América do Sul 2025”. O encontro internacional teve como foco o enfrentamento a ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares (QBRN) e contou com exercícios práticos, exposições e palestras com instrutores do Brasil e do exterior.

Estrutura e objetivos do NCT/2025

O Non-Conventional Threats América do Sul 2025 (NCT/2025) foi cuidadosamente estruturado para oferecer uma plataforma robusta de capacitação, demonstração tecnológica e simulações operacionais. Coordenado pelo COTER, por meio da Divisão de Defesa QBRN (Div DQBRN), o evento promoveu treinamentos práticos como o exercício de simulação de ataque químico, em que militares realizaram identificação de ameaça, evacuação de vítimas e descontaminação da área.

Militares brasileiros em treinamento com equipamentos de campo.

Foram montadas exposições de equipamentos de proteção individual e coletiva, sensores de detecção e sistemas de descontaminação, além de demonstrações de uso por especialistas. A presença de instrutores internacionais elevou o nível técnico do evento, permitindo o intercâmbio de metodologias atualizadas e protocolos aplicados em países parceiros da América do Sul, Europa e América do Norte.

Essa estrutura permitiu ao Exército Brasileiro fortalecer seu preparo para responder a ameaças não convencionais em tempo real, testando a integração dos seus sistemas e a eficiência da resposta.

Cooperação internacional e integração interagências

Oficial do exército brasileiro em palestra com soldados.

Mais do que uma vitrine tecnológica, o NCT/2025 consolidou-se como um espaço estratégico de cooperação entre diferentes instituições e países. Estiveram presentes representantes do Exército Brasileiro, Forças de Segurança Pública, Ministério da Defesa, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, além de observadores internacionais e especialistas civis.

A proposta do evento foi incentivar o diálogo entre agências civis e militares, promovendo a integração interagências e a construção de protocolos conjuntos para enfrentar emergências QBRN. Essa abordagem reflete a crescente necessidade de ações coordenadas entre Defesa, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Ciência em cenários de risco elevado.

Palestrantes e participantes destacaram que as ameaças não convencionais ultrapassam fronteiras e exigem preparação coletiva, com inteligência compartilhada, doutrina padronizada e logística integrada.

Defesa QBRN e os grandes eventos internacionais no Brasil

A realização do NCT/2025 no Brasil ocorre em um momento chave: o país se prepara para sediar eventos de grande escala e alto grau de complexidade, como a Cúpula do BRICS, a COP30 e a Copa do Mundo Feminina de Futebol. Em todos esses eventos, a segurança QBRN é um componente essencial da matriz de proteção.

O exercício coordenado pelo COTER reforça o comprometimento do Brasil com os padrões internacionais de segurança e a atualização constante das suas capacidades de resposta a incidentes de alta periculosidade. A simulação de ataque químico a um comboio de autoridade, validada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Richard Fernandez Nunes, exemplifica o grau de sofisticação que o país busca alcançar em suas ações de proteção.

Além de preparar as Forças Armadas, o evento também gerou conhecimento estratégico e operacional para órgãos civis e pesquisadores, projetando o Brasil como referência regional em defesa contra ameaças QBRN.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui