Centenário de Fuzileiro Naval é comemorado com honras no 3º BtlOpRib

Em Ladário (MS), o 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas (3ºBtlOpRib) realizou uma cerimônia especial para celebrar os 100 anos do Terceiro-Sargento reformado Edson Arguelho da Silva. O evento contou com o Cerimonial à Bandeira, honras militares e a presença de familiares, marcando a trajetória de um dos veteranos mais longevos do Corpo de Fuzileiros Navais, que dedicou sua vida à Marinha do Brasil.

A Trajetória do Terceiro-Sargento Edson Arguelho da Silva

Natural de Ladário, o Terceiro-Sargento reformado Edson Arguelho iniciou sua carreira militar em 1943, quando ingressou na Marinha como Marinheiro-Recruta na 1ª Companhia Regional de Ladário. Após seis meses de treinamento, foi promovido a Soldado Fuzileiro Naval e, no ano seguinte, foi selecionado para o curso de motorista no Rio de Janeiro. Com a iminência da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, Edson integrou um rigoroso programa de treinamentos e exercícios em preparação para o conflito, chegando a se deslocar até a Ilha da Trindade, de onde os militares seguiriam para a Europa.

Durante uma missão em Corumbá, no entanto, Edson sofreu um grave acidente ao volante de um jipe, resultando em uma lesão severa no braço e sua subsequente reforma. Esse incidente não abalou seu vínculo com a Marinha, e ele seguiu participando ativamente da vida militar. Com orgulho e saudosismo, o Sargento Edson relembra os anos de serviço à Marinha, que define como “sua segunda casa”, e guarda com zelo suas condecorações e memórias de carreira.

Cerimônia de Comemoração no 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas

A homenagem ao centenário do Sargento Edson foi conduzida com honras pelo 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas, com a presença de familiares, amigos e autoridades militares. A cerimônia teve início com o Cerimonial à Bandeira, onde o veterano prestou continência ao Pavilhão Nacional. Durante o evento, a Banda do Comando do 6º Distrito Naval executou a canção “Nossa Senhora”, de Roberto Carlos, considerada um símbolo de fé por Edson, além do hino do Fluminense, seu time de coração.

Em uma das homenagens mais emocionantes, crianças e adolescentes do Programa Forças no Esporte (PROFESP), do Ministério da Defesa, cantaram a canção “Cisne Branco”, regidos pela Segundo-Sargento Olga. Ao final, a tripulação do 3º Batalhão, sob o comando do Capitão de Fragata Milton, prestou continência ao Sargento Edson, que retribuiu com o brado “Adsumus” – lema dos Fuzileiros Navais que significa “aqui estamos!”.

Legado e Inspiração Familiar do Fuzileiro Naval Centenário

A trajetória do Sargento Edson serve como inspiração para toda a sua família, incluindo filhos, netos e bisnetos que seguiram seus passos na carreira militar. O Primeiro-Sargento Fuzileiro Naval Wesley, neto de Edson, destaca que a influência do avô e do pai foi essencial em sua decisão de ingressar na Marinha. Segundo Wesley, “ser militar é uma missão de vida”, sentimento que sempre viu refletido nas histórias e no orgulho com que o avô exibia o uniforme.

O veterano também é reconhecido pela disciplina e vitalidade que mantém aos 100 anos. Sua filha, Maria da Graça, relembra que, mesmo com a idade avançada, Edson se mostra ativo e lúcido, mantendo a memória afiada e familiaridade com o uso do celular para se comunicar com amigos e familiares. Para seus descendentes, o Sargento Edson é um exemplo de força e dedicação, valores que orgulhosamente inspiram as novas gerações da família.