Marina Galvão Bueno e equipes parceiras realizaram necropsia das carcaças de mamíferos marinhos, documentando lesões e coletando amostras que serão utilizadas para investigação do potencial presença de patógenos (Foto: Acervo pessoal)

A tranquila paisagem do Lago Tefé, no coração do Amazonas, foi recentemente abalada por um evento alarmante: a morte súbita de mais de 150 botos. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) juntou-se a uma força-tarefa, denominada Operação Emergência Botos Tefé, para investigar essa tragédia. Esta operação, liderada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e apoiada por diversas entidades, busca entender as causas deste fenômeno e proteger a biodiversidade da região.

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Os Guardiões da Saúde Ambiental

Os botos, especialmente o icônico boto vermelho ou boto-cor-de-rosa, são mais do que apenas símbolos da fauna amazônica. Eles são considerados “sentinelas da saúde” do ecossistema. Como explicado pela médica veterinária Marina Galvão Bueno, do IOC, a morte repentina desses animais pode ser um sinal de que todo o ecossistema está em perigo. A equipe de especialistas, equipada com todas as medidas de biossegurança, tem trabalhado incansavelmente, realizando necropsias e coletando amostras para análises. Até o momento, os resultados não apontaram a presença de agentes infecciosos, como vírus e bactérias, que pudessem justificar a mortandade.

A Natureza em Alerta

O Amazonas vive um período de intensa seca, com temperaturas da água chegando a alarmantes 39,1°C, bem acima da média usual de 30°C. Esta situação crítica não afeta apenas a fauna, mas também a população local. Muitos habitantes dependem das águas do rio Tefé para suas atividades diárias, como locomoção, alimentação e higiene. “É uma situação que vai além da conservação da biodiversidade. É também uma questão de saúde humana”, destaca Marina.

Unidos em Defesa da Vida

A Operação Emergência Botos Tefé tem contado com o apoio de mais de 100 colaboradores e diversas instituições, nacionais e internacionais. Desde o Corpo de Bombeiros de Tefé, Exército Brasileiro, até organizações como Greenpeace, WWF-Brasil e Sea Shepherd. Todos unidos com um objetivo comum: proteger e preservar a rica biodiversidade da Amazônia e garantir a saúde e bem-estar de suas comunidades.

Com infos da Fiocruz

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).