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Brasília está sediando a 35ª Reunião de Administradores do Programa Antártico Latino-Americano (RAPAL), que reúne representantes de oito países, dos quais seis possuem bases científicas no continente antártico. A pauta principal do encontro inclui o planejamento de ações coordenadas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e ambientais na Antártica, com o Brasil liderando a iniciativa de promover estudos conjuntos entre as nações latino-americanas.
Cooperação Científica e Logística na Antártica

Os países latino-americanos participantes do RAPAL estão focados em intensificar a cooperação científica e logística para expandir as pesquisas sobre as transformações ambientais que ocorrem no continente gelado. O Brasil, à frente das discussões, está propondo a criação de um plano conjunto que fortaleça a integração entre os programas antárticos das nações envolvidas, facilitando o compartilhamento de recursos, dados e conhecimentos científicos.
Essa colaboração será fundamental para o 5º Ano Polar Internacional, programado para 2032, que buscará ampliar o conhecimento sobre as mudanças no ecossistema polar e suas implicações globais. Com a Marinha do Brasil responsável pela logística operacional e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coordenando a parte científica, o país desempenha um papel central na articulação dessas iniciativas.
Impactos das Mudanças Climáticas e Biodiversidade
Durante a reunião, os gestores e pesquisadores também estão discutindo as mudanças climáticas que vêm impactando a Antártica e suas consequências para a biodiversidade mundial. O RAPAL é uma oportunidade para que os países coordenem ações de monitoramento e pesquisa sobre o aquecimento global, a contaminação por microplásticos e a prevenção de gripe aviária nas águas e costas antárticas.
Esses projetos são essenciais não apenas para entender melhor os processos de degradação ambiental que ocorrem no continente, mas também para promover a conservação da biodiversidade, tanto local quanto global. As descobertas realizadas na Antártica têm potencial para influenciar políticas ambientais em todo o mundo, tornando as ações coordenadas entre os países latino-americanos ainda mais importantes.
Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)
Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) tem sido fundamental para o avanço das pesquisas científicas no continente. O PROANTAR realiza, anualmente, a Operação Antártica (OPERANTAR), que em sua 43ª edição, marcada para outubro deste ano, continuará a fortalecer o papel do Brasil nas missões científicas na Antártica.
A Estação Antártica Comandante Ferraz, localizada na Ilha Rei George, é uma das mais modernas da região, com 17 laboratórios e tecnologia sustentável para apoiar as pesquisas. Além disso, o Brasil utiliza os navios de apoio oceanográfico Ary Rongel e Almirante Maximiano, juntamente com estações de pesquisa estrangeiras, para garantir que o trabalho científico e logístico seja realizado com eficiência e segurança.
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