A AMAZUL, em um movimento estratégico, realizou sua primeira reunião presencial com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O foco? Discutir os detalhes do projeto da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU), localizada em Resende, RJ. Este encontro, que ocorreu nos dias 22 e 23 de agosto, contou com a participação de especialistas em engenharia, física, arquitetura, garantia da qualidade e negócios.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Objetivos e Discussões

No primeiro dia de reunião, as equipes da AMAZUL e da INB mergulharam em temas técnicos, abordando a importância de estabelecer um Sistema de Garantia da Qualidade específico para o projeto da UCEU. No dia seguinte, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as instalações da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN). Esta visita proporcionou uma visão mais clara e prática dos desafios e potenciais do projeto.

Rumo à Autossuficiência Nuclear

A UCEU é um projeto ambicioso e de suma importância para o Brasil. Sua implantação ocorre de forma modular e em duas fases. A primeira, já concluída em 2022, já permite à INB atender a 70% da demanda anual de recargas de Angra 1. Isso significa uma redução significativa na dependência do Brasil em contratar serviços estrangeiros para a produção de combustível nuclear.

A segunda fase promete ainda mais: com a adição de mais 30 cascatas de ultracentrífugas, o Brasil caminha para a autossuficiência no enriquecimento de urânio. As projeções são otimistas. Até 2033, espera-se que a INB possa atender completamente à demanda de combustível de Angra 1 e Angra 2. E, até 2037, a INB também deverá suprir as necessidades de Angra 3.

Próximos Passos

O compromisso firmado entre a AMAZUL e a INB estabelece um prazo para a entrega do projeto básico da UCEU: maio de 2025. Com essa parceria, o Brasil reforça seu compromisso com a inovação e autossuficiência no setor nuclear.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).