A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenha um papel crucial em ações de Ajuda Humanitária, tanto no território nacional como no exterior. Um exemplo marcante de atuação da FAB é a Operação Yanomami, realizada na região de Surucucu (RR), em apoio à população indígena. No contexto internacional, a FAB já apoiou países como a Turquia, abalada por terremotos em sua região.

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Para superar os desafios geográficos e naturais, a FAB conta com meios aéreos e uma estrutura de planejamento, coordenação e controle das tarefas a serem executadas. Nesse contexto, o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) atua promovendo a troca de experiências, conhecimentos e treinamentos entre as Forças Aéreas do continente americano, fortalecendo as capacidades das forças e construindo laços de cooperação mútua e interoperabilidade.

SICOFAA: 22 países em prol da ajuda humanitária

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Atualmente, o SICOFAA é composto por 22 países atuantes e três países observadores, além de três organizações convidadas especiais. A FAB tem participação de destaque em missões de ajuda humanitária coordenadas pelo SICOFAA, como no Peru, em 2017, quando o fenômeno El Niño causou alagamentos em diversas regiões do país, deixando um saldo de 101 mortos e mais de um milhão de pessoas afetadas. A FAB também atuou em 2017 e 2023 no combate a incêndios no Chile, utilizando o Sistema de Combate a Incêndio MAFFS.

O SICOFAA já participou de uma série de eventos reais de desastres, como terremotos no Haiti (2021), México (2017) e Equador (2016); furacões no Caribe (2017 e 2020) e incêndios na Argentina e na Amazônia (2019 e 2020). Para aprimorar as ações, em 2011 foi formulado o “Manual de Operações Aéreas Combinadas para Ajuda Humanitária”, que vem sendo aperfeiçoado continuamente.

Treinamento e padronização de procedimentos

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Segundo o Coronel Aviador Márcio Gonçalves Ribeiro, Oficial de Enlace da FAB no SICOFAA, recentemente foram produzidos dois anexos de padronização, um para Evacuações Aeromédica (AEROMEDEVAC) e o Apoio Espacial. No ciclo atual, encontra-se em processo de aprovação o Anexo de Apoio de Engenharia, com o objetivo de fornecer uma visão geral das capacidades de engenharia e aumentar as opções das Forças Aéreas membros do SICOFAA.

A em ações de avaliação e análise de danos, bem como de reparo rápido de tais danos em aeródromos. “O Anexo de Apoio de engenharia vem para ajudar os afetados a aumentar sua própria capacidade de solicitar apoio. Na FAB, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) possui algumas capacidades que poderiam vir a ser empregadas nestas situações, pela excelência que possui nessa área”, explica o Coronel Márcio.

Intercâmbio de especialistas e difusão de conhecimento

Além dos exercícios e das operações reais, os membros do SICOFAA participam de diversos treinamentos, como os intercâmbios de Especialistas em Comunicações (ECO). A FAB participa tanto enviando como recebendo especialistas com o objetivo de trocar experiências e difundir procedimentos operacionais. Em 2022, militares das Forças Aéreas do Equador e da República Dominicana vieram ao Brasil, enquanto militares brasileiros foram ao Panamá.

Essa cooperação entre as Forças Aéreas do continente americano, por meio do SICOFAA, tem possibilitado ações de ajuda humanitária mais eficientes e eficazes em situações de emergência, reforçando laços diplomáticos e a solidariedade entre os países envolvidos. A FAB, com sua atuação marcante nesse contexto, continua a desempenhar um papel fundamental na promoção da cooperação e do auxílio às populações afetadas por desastres naturais e outras calamidades.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).