As chuvas intensas que castigam o Rio Grande do Sul desde 27 de abril causaram impactos significativos para a população, animais, residências e comércios. Até o momento, há 157 mortos, 88 desaparecidos e 806 feridos, além de 600 mil desalojados e 2,3 milhões de pessoas afetadas de alguma forma pelas enchentes. Neste cenário de desastre, a Marinha do Brasil (MB) se destaca pela atuação rápida e eficaz, não apenas para enfrentar os desafios logísticos das doações, mas também para resgatar pessoas e animais, além de prevenir doenças em quem foi atingido pelos alagamentos e aqueles que prestam socorro.

Ação da Marinha na Operação “Taquari 2”

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HCamp, em Guaíba, começou a funcionar no dia 9 de maio – Imagem: Marinha do Brasil

Na Operação “Taquari 2”, a Marinha já realizou 2.000 resgates e mais de 2.000 atendimentos médicos. Para isso, mobilizou 11 aeronaves, 9 navios, 50 embarcações e 70 viaturas para auxiliar os municípios atingidos. Desde 9 de maio, a Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM) está em operação com o Hospital de Campanha (HCamp) em Guaíba (RS), aliviando a pressão sobre os hospitais locais e oferecendo atendimento médico, psicológico e social.

Prevenção de doenças em áreas alagadas

Militares também precisam estar bem equipados e com vacinas em dia, para evitarem doenças – Imagem: Marinha do Brasil

O Diretor da UMEM, Capitão de Fragata (Médico) Demóstenes Santana Apostolides, detalhou os atendimentos no HCamp de Guaíba e forneceu dicas importantes para que a população e voluntários evitem doenças comuns após enchentes, como infecções de pele, respiratórias, intestinais e a leptospirose. Segundo Apostolides, a prevenção é essencial, com o uso de botas e roupas impermeáveis, além de luvas, para evitar o contato com água contaminada. Em casos de contato, é crucial lavar bem as áreas afetadas com água limpa e sabão, e procurar tratamento médico imediatamente em caso de sintomas.

Importância da vacinação

A vacinação é outra medida preventiva vital. A Marinha, em colaboração com a Secretaria de Saúde local, disponibilizou vacinas antitetânicas no HCamp, e as Unidades Básicas de Saúde locais estão aplicando outras vacinas necessárias. Manter o cartão de vacinação atualizado é fundamental para reduzir riscos.

Experiência em calamidades anteriores

A atuação da Marinha em desastres anteriores, como em Petrópolis (RJ) em 2022 e São Sebastião (SP) em 2023, conferiu à UMEM a expertise necessária para implementar as melhores práticas e responder de forma eficaz às calamidades atuais. O contínuo aperfeiçoamento das práticas de apoio médico em situações de emergência tem sido uma prioridade para a MB.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).