Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, da MB, durante coleta de dados. Imagem: MB

A exploração dos mares brasileiros não é uma tarefa simples. Para isso, é necessário contar com equipamentos de ponta e navios especializados. Os navios que coletam dados para o LEPLAC são equipados com tecnologias avançadas, como ecobatímetros, que medem a profundidade do mar, e equipamentos de levantamentos sísmicos, que identificam as características das rochas abaixo da superfície. Ao longo dos anos, diversos navios, como o “Almirante Câmara” e o “Vital de Oliveira”, navegaram pelos mares em nome da ciência e da soberania brasileira.

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Os Profissionais por Trás da Missão

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Delegação Brasileira – os “bandeirantes das longitudes salgadas” – reunida na ONU em 2004, em Nova York (EUA)

Não são apenas máquinas que fazem essa exploração acontecer. Uma equipe de profissionais dedicados, incluindo militares da MB, pesquisadores e professores, trabalha em conjunto para coletar e analisar os dados. No início do LEPLAC, na década de 90, a Petrobras desempenhou um papel crucial, com seus profissionais embarcando nos navios para coletar dados valiosos. Essa colaboração interdisciplinar é o que torna possível aprofundar nosso conhecimento sobre os mares que cercam o Brasil.

Defendendo o Território Marítimo Brasileiro

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Capitão de Mar e Guerra Izabel e Tenente Lorena, com um dos navios de pesquisa ao fundo, o NpqHo “Vital de Oliveira”. Imagem: DHN/Marinha do Brasil

Uma das figuras centrais nessa missão é a Capitão de Mar e Guerra Izabel King Jeck, geóloga da DHN. Ela tem a responsabilidade de representar o Brasil na Organização das Nações Unidas em Nova York, defendendo a expansão do território marítimo brasileiro. Izabel destaca a importância de mapear os oceanos, uma iniciativa global que visa conhecer melhor nossos mares até 2030. Ela ressalta que, embora saibamos muito sobre outros planetas, como Marte, ainda temos muito a descobrir sobre nossos próprios oceanos.

O Legado da Exploração Marinha

A exploração da Amazônia Azul não é apenas uma questão de soberania, mas também uma oportunidade para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. O Vice-Almirante Carlos André Coronha Macedo destaca que essa missão traz possibilidades inimagináveis para o futuro, desde a descoberta de novos campos petrolíferos até a exploração da biodiversidade marinha. A ciência atual vê o mar como um campo promissor para o desenvolvimento da biogenética, o que pode trazer avanços significativos para a sociedade brasileira.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).