Contra-Almirante (Engenheira Naval) Luciana Mascarenhas da Costa Marroni - Imagem: Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil tem passado por grandes transformações nos últimos anos para que as mulheres possam ocupar cargos que antes eram exclusivos dos homens. Isso mostra o avanço da inclusão de gênero e a importância do empoderamento feminino na carreira militar.

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O ingresso das primeiras mulheres na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina, a primeira turma de alunas no Colégio Naval e a oportunidade de mulheres prestarem concurso para Soldados Fuzileiros Navais são algumas das mudanças significativas realizadas pela Marinha do Brasil.

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Laila Izabel Gonçalves Lisboa, futura marinheira

Essas mudanças são vistas como uma porta aberta para as mulheres, que agora têm a oportunidade de crescer profissionalmente e evoluir na carreira militar. Laila Izabel Gonçalves Lisboa, uma futura marinheira de 19 anos, conta que escolheu essa carreira por influência do pai, que também é da Marinha do Brasil. Ela incentiva outras mulheres a se dedicarem e estudarem para ingressar na Marinha, que é uma profissão excelente.

Para que as futuras militares possam desempenhar suas funções, foram realizadas diversas mudanças nas escolas e centros de instrução, como a criação de banheiros femininos e alojamentos, a adequação das normas internas e a revisão da rotina das escolas para atender às necessidades das novas recrutas.

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Contra-Almirante (Engenheira Naval) Luciana Mascarenhas da Costa Marroni – Imagem: Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil vem demonstrando uma trajetória de pioneirismo das mulheres, iniciada em 1980 com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha. Desde então, houve uma reestruturação de Corpos e Quadros que ampliou a participação das mulheres em cargos de Direção, Comando e Comissões. Em 2012, a primeira militar brasileira foi promovida ao posto de Oficial-General das Forças Armadas, e em 2018, a inclusão de mais uma militar no círculo de Oficiais-Generais foi ratificada.

A inclusão das mulheres na carreira militar é uma conquista importante para a equidade de gênero e a diversidade nas Forças Armadas do Brasil. É um sinal de que as mulheres estão se empoderando cada vez mais e ocupando espaços de liderança em diferentes setores da sociedade. A Marinha do Brasil tem mostrado um compromisso em promover a igualdade de gênero e é um exemplo para outras instituições militares no país.

As mulheres podem ingressar na Marinha das seguintes formas:

– Colégio Naval;

– Escolas de Aprendizes-Marinheiros;

– Escola Naval;

– Corpo Auxiliar de Praças;

– Corpo de Saúde: Quadro de Médicos, Quadro de Apoio à Saúde e Quadro de Cirurgião-Dentista;

– Corpo Auxiliar da Marinha: Quadro Técnico e Quadro de Capelães Navais, quando a religião permitir;

– Corpo de Engenheiros da Marinha;

– Quadro Complementar de Intendentes da Marinha;

– Serviço Militar Voluntário de Praças Temporárias  – Marinheiro Especializado;

– Serviço Militar Voluntário de Praças Temporárias – Cabo;

– Serviço Militar Voluntário de Oficiais Temporários RM2;

– Serviço Militar Voluntário de Oficiais Temporários RM3;

– Soldado Fuzileiro Naval; e

– Sargento Músico Fuzileiro Naval.

Saiba mais em https://www.marinha.mil.br/ingresso-na-marinha

Principais posições ocupadas pelas mulheres na Marinha
Nessa trajetória, as mulheres militares já conquistaram posições importantes, como as funções de Diretora de Organizações Militares, Chefe do Destacamento do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade e Subchefe da Estação Antártica Comandante Ferraz. Também houve a participação feminina na Força-Tarefa Marítima na Força Interina das Nações Unidas no Líbano e na Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana, que resultou no prêmio, por dois anos consecutivos, de Defensora Militar da Igualdade de Gênero da Organização das Nações Unidas, pelo trabalho realizado como assessora militar de gênero. Além disso, as mulheres compõem a tripulação dos meios da Esquadra, dos Navios da Esperança e dos Navios de Apoio Oceanográfico e Polar, no apoio à pesquisa científica no Continente Antártico.

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Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).