Em um evento significativo para a diplomacia latino-americana, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram uma declaração conjunta comprometendo-se a não usar a força um contra o outro, seja direta ou indiretamente. Este acordo, que também enfatiza a resolução pacífica de disputas, incluindo a controvérsia de longa data sobre a fronteira entre as duas nações, representa um marco na promoção da paz e estabilidade na região.
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Mediação Internacional e Prevenção de Conflitos
A declaração enfatiza que qualquer conflito ou desacordo entre Guiana e Venezuela será levado à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), à Comunidade Caribenha (Caricom) e ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para mediação e prevenção de escalada. Esta abordagem demonstra o compromisso dos dois países com o diálogo e a diplomacia, buscando evitar o agravamento de tensões.
Encontro Diplomático em São Vicente e Granadinas
Os dois líderes se encontraram na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, com a presença do primeiro-ministro Ralph Gonsalves, também presidente pro-tempore da Celac. Este encontro, além de fortalecer os laços regionais, evidenciou a importância da Celac e da Caricom, juntamente com o Brasil e outras autoridades internacionais, na mediação dessas importantes conversas.
Resolução de Controvérsias e Coexistência Pacífica
A declaração prevê que qualquer controvérsia entre Venezuela e Guiana será resolvida conforme as leis internacionais, incluindo o Acordo de Genebra de 1966. Além disso, os dois países reafirmaram seu compromisso com a boa vizinhança, coexistência pacífica e unidade latino-americana, embora tenham discordâncias quanto à legitimidade da Corte Internacional de Justiça (ICJ) para decidir sobre a controvérsia fronteiriça.
Diálogo e Diplomacia: Chaves para o Futuro
O presidente Maduro descreveu o encontro como “um diálogo de verdades e de respeito”, enquanto Ali expressou gratidão a todos os envolvidos no diálogo, incluindo líderes do Caricom, Celac, Brasil e representantes da ONU. Uma próxima reunião está marcada para ocorrer no Brasil em três meses, reforçando o papel do diálogo contínuo na resolução de questões regionais.
Com informações da Agência Brasil