Recentemente, uma aeronave monomotor desapareceu logo após decolar na região da Serra do Mar, no Paraná. O que muitos não sabem é que, por trás das operações de busca, há uma tecnologia avançada, fruto de um estudo científico intitulado “Análise estatística das missões de busca por aeronaves desaparecidas: construção de áreas de probabilidade”. Este estudo, desenvolvido por especialistas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi fundamental para guiar as equipes de resgate da Força Aérea Brasileira (FAB) na localização da aeronave.

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A Ciência por Trás das Buscas

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O artigo, publicado em 2022, é resultado da colaboração entre profissionais renomados, como o Major Engenheiro Filipe Rodrigues de Souza Moreira e o Tenente Aviador Fernando Afonso Fabian, ambos do ITA. A pesquisa analisou missões de busca por aeronaves desaparecidas no Brasil entre 2006 e 2021, com o objetivo de identificar áreas com maior probabilidade de localização das aeronaves. Ao considerar o último ponto conhecido da aeronave e a precisão dessa informação, o estudo proporciona uma ferramenta valiosa para minimizar o tempo de resposta da FAB e aumentar as chances de sobrevivência das vítimas.

Impacto Real nas Operações

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O Tenente Aviador Fabian, um dos autores do estudo, destaca a complexidade das buscas por aeronaves desaparecidas e a importância de determinar áreas de maior probabilidade. Segundo ele, essa tecnologia oferece uma direção clara para iniciar o planejamento das buscas, permitindo encontrar vítimas de acidentes aéreos com maior rapidez. O Coronel Aviador Silvio, especialista em Busca e Salvamento, reforça que o trabalho publicado reformulou o processo decisório, aumentando a probabilidade de detecção do objeto desaparecido.

Compromisso com a Inovação e Segurança
O Brasil, como signatário da Convenção de Chicago, tem um compromisso com a regulamentação da atividade aérea e a proteção das vítimas de acidentes aéreos. O estudo desenvolvido pelo ITA exemplifica a importância da pesquisa acadêmica e científica na otimização das operações da Força Aérea Brasileira. Como destaca o Coronel Aviador Sérgio Rebouças, o artigo reflete a necessidade dos cursos de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais do ITA, gerando ferramentas valiosas para a área operacional.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).