Substituição das usinas de carvão por SMRs será tema no XV SIEN

A proposta de substituir as usinas a carvão mineral por reatores modulares de pequeno porte (SMRs) será um dos principais temas do XV Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN/ENCOM 2024), que ocorrerá no Rio de Janeiro de 27 a 29 de agosto. A sugestão foi apresentada pelo especialista Leonardo Paredes, destacando a redução de emissões de carbono e a preservação de empregos.

Objetivos da substituição das usinas a carvão por SMRs

Leonardo Paredes propõe aproveitar a infraestrutura existente das usinas a carvão mineral para a implantação de reatores modulares de pequeno porte (SMRs). A ideia central é utilizar essas estruturas já estabelecidas para instalar os SMRs, reduzindo os custos e tempo de construção, ao mesmo tempo em que se promove uma transição energética mais sustentável e eficiente. Esta substituição visa não apenas gerar energia com menos emissões de carbono, mas também otimizar o uso do solo e os recursos existentes.

Benefícios ambientais e econômicos

A principal vantagem ambiental da substituição das usinas a carvão por SMRs é a significativa redução das emissões de carbono, contribuindo para as metas climáticas do Brasil e ajudando a combater as mudanças climáticas. Economicamente, a transição para SMRs não só preserva os empregos existentes na indústria carbonífera, mas também cria novas oportunidades de trabalho com ganhos salariais mais elevados. A utilização da mão de obra e da cadeia de suprimento do carvão para os SMRs facilita uma transição justa, beneficiando trabalhadores e comunidades locais.

Como a proposta otimiza o uso do solo e promove a transição energética

A proposta de Leonardo Paredes inclui o uso eficiente do solo ocupado pelas usinas a carvão, evitando a necessidade de novos terrenos e reduzindo os impactos ambientais associados à construção de novas instalações. A transição energética proposta é coerente e justa, permitindo que o Brasil aproveite a infraestrutura existente para avançar em direção a uma matriz energética mais limpa e sustentável. Além disso, os SMRs são mais seguros e flexíveis, podendo ser adaptados para diferentes necessidades e regiões, tornando-os uma solução viável para a diversificação da energia no Brasil.