Marinha explora tecnologias do Sirius e laboratórios do CNPEM

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A Marinha do Brasil avança em parcerias estratégicas ao visitar, na última quinta-feira (12), as instalações do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). O encontro destacou o potencial de colaboração em biocombustíveis e nanotecnologia, reforçando o papel do Brasil nas discussões da Organização Marítima Internacional (IMO).

Parcerias estratégicas entre Marinha e CNPEM

A visita reuniu representantes da Marinha, incluindo Oficiais da Divisão de Coordenação para Assuntos da IMO, com o objetivo de conhecer tecnologias avançadas desenvolvidas pelo CNPEM. As instalações visitadas incluíram o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro.

Sirius, o acelerador de partículas brasileiro de 68 mil metros quadrados

Os laboratórios desempenham um papel crucial no avanço científico do Brasil. No LNBR, o foco é o desenvolvimento de biocombustíveis e soluções para a transição energética. Já o LNNano lidera pesquisas de ponta em materiais avançados. O Sirius, por sua vez, oferece uma infraestrutura única para revelar a microestrutura de materiais orgânicos e inorgânicos, com aplicações que vão desde saúde até defesa.

Durante a visita, foram identificadas oportunidades de colaboração, como a avaliação do ciclo de vida de combustíveis marítimos e o desenvolvimento de tecnologias que reforçam a independência tecnológica brasileira.

Impactos para a defesa brasileira na IMO

A Organização Marítima Internacional (IMO) desempenha um papel fundamental na regulação do transporte marítimo global, e a transição energética está no centro das discussões. Com o uso de biocombustíveis como alternativa sustentável, o Brasil se posiciona como líder em propostas inovadoras.

As pesquisas do CNPEM fortalecem os argumentos técnicos da Marinha nas sessões da IMO. Projetos envolvendo biocombustíveis não apenas promovem soluções para reduzir emissões, mas também destacam a posição estratégica do Brasil como fornecedor de energias limpas. A parceria entre a Marinha e os laboratórios permitirá maior embasamento nas negociações, consolidando o protagonismo brasileiro.

O CNPEM e seu papel na inovação científica

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é referência em inovação científica. O LNBR desenvolve enzimas e microrganismos para produção sustentável, enquanto o LNNano utiliza nanotecnologia para criar novos materiais com potencial militar e industrial.

O Sirius, uma das instalações mais modernas do mundo, é financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Esse fundo é alimentado por recursos como o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante, evidenciando a conexão entre a pesquisa científica e a defesa marítima.

Com essas ferramentas tecnológicas, o Brasil amplia sua capacidade de competir globalmente, não apenas no campo científico, mas também em questões estratégicas, como defesa e segurança marítima.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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