(Source: netivist)

No cenário pré-referendo sobre a redefinição da fronteira entre Venezuela e Guiana, cresce a preocupação internacional com a possibilidade de um conflito armado entre esses países sul-americanos. Especialistas consultados pela Agência Brasil apresentam visões distintas, refletindo a complexidade e os múltiplos interesses em jogo.

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Perspectiva de Internacionalização do Conflito

Williams Gonçalves, professor de Relações Internacionais da UERJ, alerta para a possibilidade de uma guerra não apenas territorial, mas também por recursos naturais valiosos, como petróleo. Ele ressalta a potencial internacionalização do conflito, com envolvimento de grandes potências como Estados Unidos, Rússia e China, dada a presença de vastas reservas de petróleo e gás natural na Guiana.

Guiana: Crescimento Econômico e Interesses Externos

A Guiana, tradicionalmente um país com baixos indicadores sociais, tem vivenciado um boom econômico devido à descoberta de reservas de petróleo e gás natural. Isso atraiu a atenção dos Estados Unidos, que têm interesse na exploração desses recursos, enquanto a Venezuela mantém fortes laços com a Rússia e a China.

Avaliação da Probabilidade de Guerra

Por outro lado, Mariana Kalil, professora de geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG), considera improvável uma ofensiva militar da Venezuela. Ela acredita que a postura de Maduro sobre a Guiana atende principalmente a interesses políticos internos, visando fortalecer seu governo. Kalil enfatiza a capacidade de mobilização internacional para prevenir o conflito, apesar da imprevisibilidade do regime de Maduro.

A Situação Política da Guiana

Mudanças políticas recentes na Guiana, particularmente a eleição de Irfaan Ali em 2020, geraram desconfiança na Venezuela e alimentaram o discurso bolivariano de interferência estrangeira, especialmente dos Estados Unidos, na América Latina.

O Papel do Brasil na Mediação

A crise destaca o papel potencial do Brasil como mediador. Com tradição em negociações com a Venezuela e um governo atual voltado para a cooperação e multilateralismo, o Brasil pode atuar como um importante interlocutor na região. O Ministério da Defesa brasileiro já intensificou suas ações na fronteira norte, enquanto o Itamaraty defende uma solução pacífica para a controvérsia.

Com info da Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).