Por Mariana Alvarenga

Serra do Cachimbo: uma das maiores áreas militares do Brasil. Com 21,6 mil km², tem extensão comparada ao estado de Sergipe e apresenta vegetação dos biomas Amazônia e Cerrado. É nesse ambiente que se desenvolve a primeira fase do Exercício Meridiano, maior treinamento militar conjunto das Forças Armadas. Entre 24 e 28 de setembro, cerca de 250 militares colocam em prática ações de defesa antiaérea, deslocamento e ataque em ambiente hostil e outras atividades.

O Oficial de Avaliação e Doutrina do Exercício, Major Rodolfo Menezes de Oliveira, explica a ação de maior destaque, que é a simulação de bombardeio a radares instalados por forças inimigas. “O ataque será feito por meio de helicópteros. Em seguida, aeronaves de caça fazem o bombardeio da área e, logo depois, os militares de Forças Especiais seguem, por terra, para combater o inimigo”, disse o Major.

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Trata-se de um Exercício Conjunto no qual os militares da Aeronáutica exercem funções de pilotos, mecânicos, técnicos de aeronaves e responsáveis pela artilharia antiaérea da atividade. Além destes, outros militares da Aeronáutica, junto com os da Marinha e do Exército participam como integrantes de Forças Especiais, pessoal treinado para as missões de mais alto risco. Eles atuam em solo, realizando ataque a tropas inimigas, de forma furtiva. Muitos deles permanecem em campo por dias, a fim de estudar o terreno e os passos dos soldados que representam os inimigos na simulação.

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Conforme o operador de Forças Especiais da Marinha (*), uma das habilidades desenvolvidas é a chamada superioridade relativa. “É quando conseguimos atingir o inimigo utilizando rapidez, surpresa e volume de fogos em um curto espaço de tempo. É um objetivo de caráter estratégico e operacional”, explicou.

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Ele reforça que o trabalho integrado das três Forças contribui para padronização das técnicas, táticas e procedimentos. “Visando, sempre, o emprego real, nós levamos os aprendizados para nossas unidades militares a fim de aperfeiçoar nossas capacidades”, destacou o militar.

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Em edições anteriores ao Exercício Meridiano-Poti, sem a participação da Marinha e do Exército, a preparação era voltada para as tripulações, que fazem uso de aeronaves como plataformas de armas.

O Exercício Conjunto Meridiano

Dividido em três fases, o Exercício ocorre em três regiões do País: Norte, Sudeste e Sul. No Norte, o Poti é conduzido pela FAB, com o uso de helicópteros e aeronaves. No Sudeste, o módulo Dragão será realizado de 03 a 06 de novembro, a cargo da Marinha, a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito (NAM), entre o litoral fluminense e o do Espírito Santo. Já na Região Sul, sob execução do Exército, o módulo Ibagé ocorrerá de 09 a 12 de novembro, nos municípios de Canoas e Santa Maria.

*Os nomes dos operadores especiais não são expostos devido à segurança desses militares.

Fotos: Antônio Oliveira

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).