Em meio a uma crise migratória na Venezuela, o Brasil tem recebido um grande número de imigrantes do país vizinho. Entre os desafios enfrentados pelos migrantes, estão a falta de oportunidades de emprego e a vulnerabilidade das mulheres migrantes. Para sensibilizar as empresas e promover a inclusão das imigrantes, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) realizou uma interiorização de 35 imigrantes venezuelanas de Boa Vista para São Paulo, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

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Mulheres venezuelanas são interiorizadas em voo exclusivo durante o Dia Internacional das Mulheres. Foto: ACNUR/Gabriella Silva

A interiorização, realizada em um voo tripulado exclusivamente por mulheres, foi uma oportunidade para as imigrantes recomeçarem a vida em São Paulo e terem a chance de conseguir um emprego. Uma das beneficiadas, Yuslenys Arias, de 25 anos, foi selecionada por uma das empresas dispostas a contratar imigrantes e recebê-las na cidade. “É uma nova chance e estou contente e motivada para começar a trabalhar e conseguir trazer meus filhos para o Brasil”, conta a imigrante.

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A PADF – Fundação Pan-americana para o Desenvolvimento deu um toque de charme e acolhimento para parabenizar pela data pela coragem e força destas mulheres

Segundo a coordenadora de serviços de acolhimento do Ministério, Niusarete Lima, a ação quer chamar a atenção para a vulnerabilidade das mulheres migrantes e sensibilizar as empresas a criarem ofertas de empregos para elas. Atualmente, as mulheres ocupam apenas um terço das vagas ofertadas aos refugiados venezuelanos. “Este voo especial para mulheres é uma chamada para os empresários e a sociedade brasileira sobre a importância de estarmos apoiando as mulheres para que elas possam ter o seu emprego em igualdade de condições com os homens e que possam criar os seus filhos. São mães solos, chefes de família e que querem viver com dignidade”, afirma Lima.

A Operação Acolhida, responsável pela interiorização dos imigrantes venezuelanos, se aproxima da marca de 100 mil pessoas interiorizadas desde 2018. A maioria foi encaminhada para cidades como Curitiba, Manaus, São Paulo, Chapecó-SC e Dourados-MS. No entanto, esse número representa apenas 10,52% das pessoas que entraram no país. Atualmente, 7.333 migrantes venezuelanos estão em abrigos administrados pela Acolhida.

Para Maria Oliveira Ramos, coordenadora de emergência da Organização Internacional para Migrações (OIM), a interiorização de mulheres é importante para promover a inclusão de imigrantes venezuelanas. “Este é um marco de cinco anos de interiorização e foi trabalhado para inclusão de mulheres na interiorização para que elas tenham uma oportunidade digna. Aproximadamente 42 mil mulheres foram interiorizadas, um número muito significativo”, avalia Ramos.

Com a interiorização das imigrantes venezuelanas, o Brasil ganha a oportunidade de promover a inclusão social e econômica dessas mulheres, que poderão recomeçar a vida em São Paulo e contribuir para a economia do país. Além disso, a ação sensibiliza as empresas e a sociedade sobre a importância de oferecer oportunidades de emprego a refugiados.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).