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Sob céu azul e velas desfraldadas ao vento, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” percorre mares e oceanos há 25 anos, levando consigo a história, a tradição e o orgulho da Marinha do Brasil. Conhecido como a “Embaixada Brasileira no Mar”, o veleiro é símbolo da diplomacia naval e da projeção do País no cenário internacional. Em sua trajetória, participou de regatas, eventos protocolares e missões de instrução, representando o Brasil com elegância e imponência. Agora, ao completar um quarto de século de navegação, sua jornada continua, conectando o passado glorioso às novas gerações de marinheiros.
O legado do “Cisne Branco” na diplomacia naval
Desde sua incorporação à Marinha do Brasil, em 2000, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” tornou-se uma peça-chave na diplomacia naval, fortalecendo as relações do Brasil com outras nações. Sua presença em regatas, festivais e visitas protocolares é uma demonstração de respeito à cultura náutica e ao poder do mar como instrumento de cooperação internacional.
Ao longo dos anos, o veleiro participou de eventos de grande prestígio, como a regata “Velas Latinoamérica”, que reúne os maiores navios-escola do mundo a cada quatro anos. Em 2002 e 2006, conquistou o primeiro lugar na categoria “A” da regata “America’s Sail”, nos Estados Unidos, destacando-se entre embarcações de diferentes países.
Mais do que um simples veleiro, o “Cisne Branco” simboliza a presença do Brasil nos oceanos, promovendo a mentalidade marítima e estreitando laços diplomáticos. Em 2024, o navio esteve em Portugal e nos Estados Unidos, celebrando os 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e EUA, reafirmando seu papel como um embaixador flutuante do País.
A importância do “Cisne Branco” para a formação naval
Além da sua relevância diplomática, o “Cisne Branco” desempenha um papel fundamental na formação dos militares da Marinha do Brasil. Aspirantes, alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros embarcam no veleiro para um treinamento que vai além da navegação moderna.
Durante as missões, os alunos participam ativamente das manobras de vela, aprendendo a lidar com ventos e correntes marítimas, um conhecimento essencial para qualquer oficial da Marinha. A bordo, a disciplina, o trabalho em equipe e o respeito às tradições navais são valores constantemente reforçados.
O Encarregado da Segunda Divisão, Capitão-Tenente Willian Ferro de Oliveira Melo, destaca a experiência única de servir no navio: “O ‘Cisne Branco’ ensina não apenas a arte da navegação, mas também a importância da cooperação e do compromisso com a missão”.
Para o Comandante do veleiro, Capitão de Mar e Guerra Eduardo Rabha Tozzini, liderar a embarcação é um privilégio. “É uma grande honra comandar este navio. Ele representa o Brasil com beleza e imponência, sendo um símbolo da nossa tradição naval”, afirma.
A história e as curiosidades do “Cisne Branco”
O “Cisne Branco” é o terceiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome. Construído pelo estaleiro Damen Oranjewerf, na Holanda, foi batizado e lançado ao mar em 4 de agosto de 1999, sendo entregue à Marinha em fevereiro de 2000. Sua viagem inaugural recriou a rota do descobrimento do Brasil, navegando de Lisboa a Porto Seguro, um marco simbólico para a sua incorporação.
Com 76 metros de comprimento e 10,5 metros de largura, o veleiro possui uma impressionante estrutura de três mastros e 25 velas, que, juntas, podem impulsioná-lo a até 32 km/h. A embarcação conta ainda com um motor auxiliar de 1001 HP e modernos sistemas de navegação, garantindo eficiência e segurança em suas viagens.
Entre as tradições a bordo, uma das mais curiosas é o chamado “lobby da moeda”. Durante sua construção, uma moeda de 1936, com a imagem do Marquês de Tamandaré, foi assentada na base do mastro principal. Essa prática tem raízes na mitologia grega e simboliza proteção à tripulação.
Outro elemento de destaque no interior do veleiro é o vitral que retrata a Baía de Guanabara, presente do estaleiro à Marinha do Brasil. A peça foi incluída para reforçar o vínculo da tripulação com sua terra natal durante as longas viagens pelo mundo.
O “Cisne Branco” também abriga a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, carinhosamente chamada de “lobby da Santa” pelos marinheiros. Considerada padroeira dos navegantes, a santa ocupa um espaço de destaque no veleiro, rememorando a fé que guiou os primeiros exploradores do oceano.
O futuro do “Cisne Branco”
Celebrando seus 25 anos, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” continua sua missão de representar o Brasil e preservar a tradição marítima. Para 2025, o veleiro tem uma programação intensa, incluindo visitas a diversas cidades brasileiras e a participação em importantes eventos náuticos, como a “Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha” e a “80ª Regata Escola Naval”.
Com um legado que une tradição, formação naval e diplomacia, o “Cisne Branco” segue velejando como um dos grandes símbolos da Marinha do Brasil, perpetuando a história e fortalecendo os laços entre o Brasil e o mundo.
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