A Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) do Ministério da Agricultura, com o apoio da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, lançou nesta terça-feira (3) edital para a realização de estudos para a concessão de Terminais Pesqueiros Públicos (TPPs) qualificados no PPI, localizados em Aracaju (SE); Belém (PA); Cananéia (SP); Manaus (AM); Natal (RN); Santos (SP); e Vitória (ES). O edital é referente a Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).

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A parceria entre a SAP/MAPA e a SPPI teve início com o processo de concessão do TPP de Cabedelo (PB), cujo edital de concessão está previsto para ser publicado ainda neste ano. O processo aguarda avaliação final pelo Tribunal de Contas da União.

Os TPPs a serem estudados não estão em operação ou operam de forma precária, gerando gastos com manutenção e vigilância, sem atender às demandas dos potenciais usuários.

Os sete TPPs têm capacidade, em plena operação, para beneficiar mais de 180 mil toneladas de pescado por ano, conforme avaliações preliminares, gerando incremento de aproximadamente 20% na produção anual brasileira, considerando somente as informações da produção aquícola.

“A entrada em operação dos TPPs resultará em maior renda e oportunidade de emprego à população, além de trazer condições de trabalho mais adequadas aos atuais pescadores. Ao propiciar infraestrutura, considerando as questões sanitárias envolvidas, os terminais possibilitarão maior qualidade de pescado à mesa da população, além de permitir o acesso a mercados externos”, explica o Secretário de Parcerias em Transportes do PPI, Thiago Caldeira.

O leilão dos TPPs está previsto para o 3º trimestre de 2021.

Estudos

O formato escolhido para a realização dos estudos é um marco para o programa de concessões do país, por se tratar do primeiro PMI com autorização exclusiva a um único interessado, conforme inovações do Decreto nº 10.104, de 6 de novembro de 2019.

Em um PMI ordinário, vários interessados podem apresentar estudos, sendo posteriormente selecionado um único estudo que melhor atenda aos critérios estabelecidos. Nesse modelo, os interessados assumem diversos riscos, entre eles o de incorrerem em custos relevantes para a realização dos estudos e não terem sua proposta selecionada. A falta de perspectiva de ser selecionado pode impactar na baixa disposição de investir tempo e recursos em executar estudos de qualidade.

Já no formato de PMI exclusivo, somente um dos interessados será selecionado para a realização dos estudos, mediante critérios previamente definidos no edital, como experiência profissional comprovada e apresentação de plano de trabalho. A lógica do procedimento busca alinhar os interesses envolvidos, reduzindo riscos dos consultores privados e possibilitando melhoria na qualidade dos estudos.

Em todos os casos, os custos para a realização dos estudos somente serão ressarcidos pela futura concessionária, portanto dependem de uma licitação que tenha êxito.

Fonte: Portos e Navios

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).