O mistério em torno do número de veteranos ainda vivos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), participantes da Segunda Guerra Mundial, tem sido um desafio para historiadores e pesquisadores. Oitenta anos após o fim do conflito, estima-se que restem apenas algumas dezenas desses bravos soldados. A importância de identificar e localizar esses veteranos é imensa, pois além de fornecer assistência a eles, permite preservar suas memórias valiosas. Este esforço de localização e documentação tornou-se ainda mais crucial no contexto da pandemia de covid-19, que infelizmente afetou muitos desses heróis.

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Metodologia da Pesquisa

A pesquisa para identificar os veteranos da FEB começou em 2020, ano do 75º aniversário da Vitória Aliada e do Bicentenário da Independência do Brasil. Ela é fruto de uma colaboração entre historiadores, a Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB), a Associação dos Ex-Combatentes do Brasil (AECB), organizações militares, pesquisadores independentes e familiares de veteranos. O processo envolveu cruzar informações de múltiplas fontes, incluindo redes sociais e o portal BancoDeDadosFeb.com.br, com o objetivo de criar uma relação abrangente e atualizada dos veteranos ainda vivos.

Relação de Veteranos e Atualizações

Os nomes dos veteranos identificados foram coletados e verificados através de um esforço contínuo, liderado por historiadores como Daniel Mata Roque e Isalete Leal. O número de veteranos vivos identificados variou ao longo do tempo, refletindo tanto a descoberta de novos nomes quanto o falecimento de alguns desses heróis. O ponto alto do registro foi em janeiro de 2021, com 127 veteranos vivos. Desde então, os números têm diminuído gradualmente, chegando a 58 no início de 2024.

Reflexão

Esta pesquisa é mais do que uma mera contagem. É um esforço para preservar a história e o legado dos homens e mulheres que representaram o Brasil na Segunda Guerra Mundial. Ao documentar suas histórias, não apenas honramos seu serviço, mas também educamos as gerações futuras sobre o papel crucial do Brasil no cenário global durante um dos momentos mais críticos da história moderna.

Acompanhe as atualizações do Censo da FEB clicando aqui.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).