Diante da crescente integração dos dispositivos móveis no cotidiano das Organizações Militares (OM) e dos desafios relacionados à Segurança da Informação e Comunicações (SIC), a Marinha do Brasil (MB) adotou uma política mais rigorosa, conforme estabelecido no artigo 12.4 da DGMM-0540 (3ª Revisão). Esta medida visa minimizar os riscos associados ao vazamento de informações sigilosas e sensíveis, reforçando a segurança nas OM.

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Detalhes da Política e Seu Impacto

De acordo com a nova política, o uso de dispositivos móveis a bordo das OM é proibido, refletindo a necessidade de proteger informações estratégicas da MB. Esta proibição abrange uma variedade de dispositivos, incluindo smartphones, tablets e outros equipamentos eletrônicos portáteis que possam comprometer a segurança das informações.

Regulamentação do Uso Excepcional de Dispositivos Móveis

Entendendo que pode haver situações excepcionais que requerem o uso desses dispositivos, a política permite que o Titular da OM elabore uma ordem interna para regulamentar o uso de dispositivos móveis em circunstâncias específicas. Essa regulamentação deve considerar fatores como o local, período e a situação que justifiquem a permissão de utilização dos dispositivos, assegurando que a segurança da informação não seja comprometida.

Chamado à Ação

A implementação desta política pela Marinha do Brasil é um passo crucial na manutenção da integridade e segurança das informações dentro das Organizações Militares. A restrição ao uso de dispositivos móveis não é apenas uma medida preventiva, mas também um chamado à responsabilidade individual e coletiva no que diz respeito à segurança da informação. A MB enfatiza a importância de cada membro ser “o elo mais forte da Segurança da Informação”, reforçando o compromisso de todos na proteção das informações vitais para a segurança nacional.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).