Desde o dia 11 de novembro, militares da Marinha do Brasil (MB), em colaboração com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), estão empenhados no combate a um incêndio subterrâneo na Reserva Biológica do Lago Piratuba, localizada no leste do Amapá. O incêndio já consumiu mais de 27 mil hectares de floresta, incluindo 8 mil hectares dentro da reserva.

Desafios do Incêndio Subterrâneo

Incêndio tem ameaçado faixas de mangue e açaizais. Foto: Marinha do Brasil

O incêndio de turfa, que ocorre na queima de matéria orgânica acumulada no solo, é um dos mais complexos de serem combatidos, devido à sua natureza e extensão. O terreno macio da reserva e a intensa fumaça atmosférica representam desafios adicionais para as operações.

Estratégias de Combate

As equipes estão realizando o combate de forma indireta, criando trincheiras para interromper o combustível do fogo, e direta, usando sopradores, abafadores e helicópteros para lançamento de água sobre o fogo superficial. O combate aéreo é crucial devido à rápida propagação do fogo e às condições adversas do terreno.

Operações Aéreas com Helicópteros Especializados

Aeronave é equipada com bambi bucket, recipiente dobrável, em formato de balde, projetado para despejar uma coluna de água concentrada diretamente no fogo em ações de combate aéreo a incêndios. Foto: Marinha do Brasil

A tripulação do Super Cougar N-7105, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, baseado em Belém (PA), está utilizando equipamentos especializados, como a rede para carga externa e o bambi bucket, que pode armazenar até 600 litros de água, otimizando as operações de combate aéreo.

Origem e Investigação do Incêndio

O incêndio teve início em uma fazenda no entorno da Reserva Lago Piratuba. O ICMBio está conduzindo investigações para identificar os responsáveis pelo início do incêndio.

Ação Integrada e Desafios Ambientais

Esta operação é um exemplo de ação integrada entre diferentes instituições em resposta a desafios ambientais significativos. A operação reforça o compromisso da Marinha do Brasil, ICMBio e Ibama na proteção de ecossistemas vitais e no combate a incêndios florestais.

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).