No início de março, o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) marcou um avanço significativo no campo da guerra eletrônica e da independência tecnológica nacional. A 1ª unidade do MAGE Defensor Mk3, um equipamento de projeto inteiramente brasileiro e propriedade intelectual da Marinha do Brasil, passou com sucesso pelos Testes de Aceitação em Fábrica (TAF), realizados nas instalações do Grupo de Sistemas de Guerra Eletrônica do IPqM.

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UMA CONQUISTA NACIONAL

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Este marco no desenvolvimento tecnológico nacional destaca o esforço colaborativo entre a Marinha do Brasil, pesquisadores civis e militares do IPqM e parceiros da indústria, como a Omnisys, responsável pela fabricação e testagem do MAGE Defensor. Este equipamento, o único sensor nacional previsto para ser instalado nas futuras “Fragatas Classe Tamandaré” (FCT), sublinha o compromisso do Brasil com a promoção da sua Base Industrial de Defesa.

TESTES RIGOROSOS PARA UM EQUIPAMENTO ESTRATÉGICO

Durante o período de testes, uma série de mais de 100 avaliações foram conduzidas, evidenciando a prontidão do MAGE Defensor Mk3 para operações reais. A aprovação nos TAF comprova a eficácia e a confiabilidade do equipamento, que agora se prepara para ser integrado à Fragata Tamandaré, fortalecendo as capacidades de guerra eletrônica da Marinha.

COLABORAÇÃO E INOVAÇÃO

A realização dos TAF contou com a participação de diversas entidades, incluindo a Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), além das empresas Omnisys e EMBRAER. A coordenação eficaz do IPqM garantiu o sucesso dos testes, demonstrando a importância da colaboração entre instituições militares e civis para o avanço tecnológico nacional.

DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO E AUTONOMIA TECNOLÓGICA

O MAGE Defensor, em desenvolvimento desde a década de 90, é vital para a estratégia de defesa nacional, oferecendo vantagens significativas no âmbito da guerra eletrônica. A evolução para o MAGE Defensor Mk3 reflete o compromisso contínuo com a inovação e o desenvolvimento tecnológico, contribuindo decisivamente para a autonomia tecnológica da Marinha do Brasil.

IMPACTO ESTRATÉGICO

A integração do MAGE Defensor Mk3 nas futuras Fragatas Classe Tamandaré não apenas reforça a capacidade operacional da Marinha do Brasil mas também estabelece um novo padrão de excelência e independência na indústria de defesa nacional. Este projeto exemplifica o potencial brasileiro em desenvolver tecnologias críticas internamente, promovendo a segurança nacional e o desenvolvimento da indústria de defesa.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).