Kremlin afirma não haver base para negociações com Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declara falta de vontade do "regime" ucraniano para negociações de paz, agravando as tensões entre os países.

Foto: Пресс-служба Президента России

Neste domingo (11), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que não há, no momento, qualquer “base” para a abertura de negociações com a Ucrânia com o objetivo de terminar o conflito que perdura há anos. Segundo informações da agência de notícias russa TASS, Peskov afirmou durante uma coletiva de imprensa: “Já não se trata de uma questão de condições prévias, mas sim de que, neste momento, não existe qualquer base, nem sequer uma base fraca, para construir pelo menos algum tipo de diálogo”.

Críticas ao “regime” Ucraniano

Peskov apontou uma série de razões para a estagnação do diálogo, em particular a falta de vontade e disponibilidade do “regime” ucraniano em sentar-se à mesa das negociações. As recentes mensagens do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a favor da adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), foram citadas como um dos empecilhos para o avanço das negociações.

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Exigências da Rússia e a postura do presidente ucraniano

A Rússia estabeleceu como uma de suas condições para o fim do conflito uma declaração pública de neutralidade por parte de Zelensky, mas o porta-voz do Kremlin criticou o que chamou de “falta de vontade e incapacidade de Kiev” em resolver os problemas existentes por meio do diálogo. A fórmula de paz de Zelensky apela abertamente à retirada das forças russas da Crimeia e do leste da Ucrânia, demandas que Moscou considera intoleráveis para um processo de negociações.

As consequências para o futuro

Essas declarações elevam as tensões entre a Rússia e a Ucrânia e lançam dúvidas sobre a possibilidade de uma resolução pacífica para o conflito. Enquanto a Ucrânia busca apoio ocidental e expressa a vontade de se juntar à OTAN, a Rússia mantém firmemente suas condições para o diálogo. A situação permanece incerta, com ambas as partes mantendo suas posições firmemente.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).