Figura 1: Esquema de sistemas utilizados para compor a IDEM-DHN.

O que é?

O termo Infraestrutura de Dados Espacais (IDE) é comumente utilizado para descrever o conjunto de tecnologias, políticas e acordos institucionais adotados em um sistema interoperável que permite a busca, o acesso e a visualização de dados geoespaciais. Nesse sentido, a Infraestrutura de Dados Espaciais Marinhos (IDEM), ou no inglês, Marine Spatial Data Infrastructure (MSDI), pode ser compreendida como a componente marítima de uma IDE.

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A IDEM-DHN foi desenvolvida no âmbito da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) para promover o intercâmbio dos dados do BNDO dentro de padrões e boas práticas de governança, além de integrar a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) na modalidade nó Próprio. Fazem parte de sua estrutura as seguintes ferramentas:

Catálogo de metadados –  – permite aos usuários realizar a pesquisa dos dados existentes em uma área, período e temas, além de fornecer informações complementares como resumo, propósito, extensão temporal e geográfica, palavras-chaves, e, principalmente, indicar o acesso aos recursos online disponíveis. O catálogo de metadados utiliza o software livre e de código aberto, chamado Geonetwork e o  perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (MGB), ambos recomendados pela INDE e de acordo os padrões ISO e da Open Geospational Consortium OGC.

Catálogo de geosserviços –  permite a disponibilização dos dados para visualização e download na web através de geosserviços. Os geosserviços também podem ser consumidos por outras aplicações como QGIS e aplicativo em Smartphone, por exemplo. No Catálogo de Geosserviços é possível exportar  dados e informações geoespaciais para uma ampla gama de formatos, tanto para edição de objetos como para a apresentação de mapas. Utilizamos o Geoserver que é um software livre e de código aberto amplamente utilizado para publicação de geosserviços seguindo os padrões do Open Geospational Consortium (OGC).

Visualizador (Geoportal) –  é uma ferramenta para visualizar os dados e metadados de forma integrada. Permitindo assim o acesso rápido aos dados atualizados. Futuras funcionalidades do visualizador estarão disponíveis em breve.

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Figura 1: Esquema de sistemas utilizados para compor a IDEM-DHN.

Propósito

A IDEM-DHN foi concebida com o propósito de catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais abertos produzidos ou mantidos e geridos pela Diretoria de Hidrografia e Navegação, de modo que possam ser facilmente localizados, explorados em suas características e acessados para os mais variados fins por qualquer usuário com acesso à Internet. Os dados e informações abertos produzidos ou mantidos e geridos pela Diretoria de Hidrografia e Navegação estão descritos na Portaria n°13/2018 da Diretoria de Hidrografia e Navegação.

Objetivos

A IDEM-DHN visa atender compromissos nacionais e internacionais de intercâmbio de dados ambientais marinhos, dente eles:

  1. O Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE instituída pelo Decreto Nº 6.666 de 27/11/2008;
  2. Planejamento Espacial Marinho – PEM da Amazônia Azul coordenado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar;
  3. Servir de Banco Nacional de Dados Oceanográficos – BNDO conforme estabelecido no Decreto de 5 de janeiro de 1994;
  4. Os requisitos do Programa Internacional de Intercâmbio de Dados e Informações Oceanográficas – IODEda Comissão Oceanográfica Intergovernamental – COI da UNESCO; e
  5. O Grupo de Trabalho Infraestruturas de Dados Espaciais Marinhos – sigla do inglês MSDIWG, promovido pela Organização Hidrográfica Internacional – OHI.

Plano de Ação

O planejamento das ações de implantação da IDEM-DHN está sob coordenação do Centro de Hidrografia da Marinha. A catalogação e publicação dos dados serão realizados de forma continuada e em prioridade ao atendimento aos objetivos elencados acima. Atualmente, os esforços estão sendo concentrados na disponibilização de todos os dados que compõem o acervo no BNDO na IDEM.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).