O  Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV – Esquadrão Joker) iniciou, no dia 21 de junho, a campanha de emprego ar-solo do Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA) de 2021. Durante dois meses, os futuros pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) serão capacitados para operar a aeronave A-29 Super Tucano nas diversas modalidades de emprego de armamento contra alvos no solo. A fase é, ainda, uma oportunidade de realizar a manutenção operacional dos instrutores de voo da Unidade Aérea.

Durante a campanha, o Esquadrão Joker opera a partir da sua sede localizada na Ala 10, em Parnamirim (RN), região metropolitana de Natal. As formações de aeronaves armadas deslocam-se para o estande de tiro aeronáutico em Maxaranguape (RN). Nesse local, os pilotos têm à sua disposição um espaço aéreo restrito para a operação e uma área no solo segura para o lançamento ou disparo dos artefatos bélicos. Esse é o primeiro contato dos aspirantes do CEO-CA com as missões, propriamente ditas, inerentes à Aviação de Caça – com o emprego de armamento real e de exercício. Com o treinamento técnico no estande, o estagiário terá adquirido as habilidades necessárias para executar algumas ações de Força Aérea, como Ataque e Reconhecimento Armado, nas fases mais avançadas do curso.

i2162916541401476Segundo o Aspirante a Oficial Samuel de Almeida Andrade, esse é um dos momentos mais aguardados por aqueles que sempre sonharam em serem pilotos de caça. “Quando pensamos em Aviação de Caça, nos remetemos ao uso de armamento contra algum alvo. Portanto, essa fase é muito motivante, pois reconhecemos nossa evolução como pilotos e podemos progredir nas missões com graus de responsabilidade e complexidade cada vez maiores” relatou o estagiário.

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Após o voo, os militares da Célula de Avaliação e Desempenho Operacional efetuam o download dos dados gravados pela aeronave e analisam os parâmetros atingidos pelo piloto em cada lançamento realizado. Para o Comandante do Esquadrão Joker, Tenente-Coronel Aviador José de Almeida Pimentel Neto, essa é uma ferramenta essencial para o processo de ensino-aprendizagem e o consequente desenvolvimento dos futuros pilotos de caça. “As ferramentas desenvolvidas com base na tecnologia embarcada e a doutrina de emprego aprimorada ao longo desses 17 anos de experiência com a aeronave A-29 são frutos de um trabalho de pessoas que mantiveram a constante busca pela excelência. É importante que os estagiários reconheçam essas características do piloto de combate e busquem sempre dar o melhor de si, explorando todos os recursos disponíveis para aprimorarem o desempenho a cada nova missão”, disse o Comandante.

i2162916541408406O Comandante da Base Aérea de Natal, Coronel Aviador Luiz César Zampier Ulbrich, ex-instrutor do Esquadrão Joker, marcou o início dessa fase com palavras de incentivo aos Aspirantes do CEOCA: “Esse é o verdadeiro momento de início do curso da Aviação de Caça. Parabéns, futuros pilotos de caça da Força Aérea Brasileira. Tenham a certeza de que no final, todo o esforço e preparo dos senhores valerá a pena”, enfatizou.

O Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar José Virgílio Guedes de Avellar, destacou essa etapa do curso como fundamental para a vida operacional dos futuros pilotos de combate. “É importante que eles aprendam todos os fundamentos das missões de emprego de armamento, haja vista que, em um futuro não tão distante, serão os responsáveis pela garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro e estarão engajados em missões reais para defender os interesses do país”, completou o Oficial- General.

Trabalho conjunto com a equipe de armamento
i2162916541508646A fase de emprego ar-solo do CEO-CA é uma oportunidade para manter o adestramento do pessoal de manutenção quanto à preparação e à operação de armamento real. O Comandante do Grupamento Logístico da Ala 10, Coronel Especialista em Armamento Aníbio Roberto Calixto Pereira, disse que é necessária a participação intensa dos especialistas em material bélico no preparo das atividades, desde a retirada dos artefatos dos paióis, preparação do armamento e posterior municiamento nas aeronaves na linha de voo. Além da manutenção operacional do pessoal de armamento, deixando-os capacitados para atuarem, a qualquer momento, no preparo, equipagem e municiamento das aeronaves A-29 Super Tucano da FAB, essa fase é um motivo de orgulho para o seu pessoal, uma vez que, segundo o Coronel Calixto, eles são “os responsáveis por transformarem as aeronaves em verdadeiras armas de guerra”.

i2162916540805932Estande de Maxaranguape
O estande de tiro aeronáutico de Maxaranguape, cerca de 80 km ao norte da Ala 10, dispõe de uma infraestrutura adequada para a operação segura das aeronaves que utilizam armamento aéreo contra alvos no solo. Além do espaço aéreo restrito e a ausência de cidades ou povoados próximos, o local conta com segurança, equipe médica, equipe contra-incêndio e uma pista de pouso para uma eventual emergência.

Fotos: Tenente-Coronel Pimentel/Tenentes Marcílio e Renato/ Esquadrão Joker

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).