Primeira mulher realiza pouso embarcado em navio da Marinha

Imagem: Primeiro-Sargento AT – Pinho
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No cenário desafiador da Operação “Poseidon 2024”, a Primeira-Tenente Ianca Maria Cavalcanti Menezes entrou para a história ao se tornar a primeira mulher a realizar um pouso embarcado de helicóptero a bordo de um navio da Marinha do Brasil. Natural de Recife (PE), a piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) enfrentou horas de treinamento intenso e mostrou habilidade técnica e determinação ao cumprir a missão no Navio Doca Multipropósito Bahia (G40). Um marco histórico que simboliza não apenas uma vitória pessoal, mas também um avanço significativo na representatividade feminina nas Forças Armadas.

A trajetória da Tenente Ianca Maria Cavalcanti Menezes

A Primeira-Tenente Ianca Maria Cavalcanti Menezes iniciou sua jornada na Força Aérea Brasileira (FAB) com determinação e foco. Formada em 2021, ela fez parte de uma turma composta por 124 formandos, dos quais apenas duas mulheres alcançaram a patente de piloto. Desde o início de sua carreira, Ianca destacou-se pelo profissionalismo, disciplina e paixão pela aviação militar.

Natural de Recife (PE), a Tenente sempre buscou desafios que a levassem além de seus limites. Sua preparação para a Operação Poseidon 2024 envolveu treinamento rigoroso, tanto físico quanto técnico, além de uma adaptação ao ambiente marítimo, uma realidade desafiadora para pilotos que, em sua maioria, operam a partir de bases terrestres.

O sucesso de sua missão a bordo do Navio Doca Multipropósito Bahia (G40) foi resultado de anos de dedicação e preparo, além de representar um momento simbólico de superação em uma área tradicionalmente masculina.

O significado histórico do pouso embarcado realizado por Ianca

O pouso realizado pela Primeira-Tenente Ianca Maria Cavalcanti Menezes vai muito além de uma conquista técnica. Ele representa um avanço significativo para a representatividade feminina nas Forças Armadas Brasileiras, quebrando barreiras e inspirando novas gerações de mulheres a seguirem carreiras militares.

Historicamente, o meio militar tem sido um espaço predominantemente masculino, especialmente em operações complexas como pousos embarcados. A presença de Ianca nesse cenário não apenas demonstra suas habilidades excepcionais, mas também destaca a abertura gradual das Forças Armadas para maior inclusão feminina em posições operacionais e estratégicas.

O feito da Tenente Ianca também simboliza um avanço na integração entre a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira. A interoperabilidade entre essas duas Forças foi evidenciada durante a Operação Poseidon 2024, com pilotos de helicópteros da FAB operando com precisão em um ambiente naval, algo que exige treinamento específico e confiança mútua entre as equipes envolvidas.

A repercussão do pouso inédito foi imediata, ganhando destaque tanto no meio militar quanto na sociedade civil, como um exemplo claro de que competência e determinação não têm gênero.

A Operação Poseidon 2024 e o papel feminino nas Forças Armadas

A Operação Poseidon 2024 foi projetada para aprimorar a interoperabilidade entre a Marinha do Brasil (MB) e a Força Aérea Brasileira (FAB). Durante os intensos quatro dias de exercícios realizados entre as localidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ), mais de 60 pousos e decolagens foram realizados por aeronaves UH-15 Super Cougar (MB) e H-36 Caracal (FAB).

Nesse contexto, a participação da Primeira-Tenente Ianca não foi apenas simbólica, mas essencial. Sua presença marcou um avanço significativo na inclusão feminina em operações militares de alto risco, um reflexo do esforço contínuo das Forças Armadas em promover igualdade de oportunidades e reconhecimento baseado no mérito.

A integração de mulheres em missões operacionais estratégicas, como a realizada pela Tenente Ianca, reforça a importância de um ambiente militar mais inclusivo, onde a competência e o preparo sejam os principais critérios de avaliação.

As perspectivas para futuras operações indicam um aumento na presença feminina em missões de alta complexidade, abrindo caminho para que mais mulheres possam ocupar posições de liderança e protagonismo dentro das Forças Armadas.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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