A presença de atividades ilegais, especificamente a mineração, em terras indígenas é uma problemática que o Brasil vem enfrentando. Militares das três Forças – Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB) – vêm aumentando as ações preventivas e repressivas para desmantelar a prática ilícita de mineração na região da reserva indígena Yanomami, situada em Roraima (RR). Inspeções, vistorias, patrulhamento e montagem de postos de bloqueio são algumas das ações de monitoramento planejadas para a proteção das terras indígenas.

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O Papel Interministerial no Combate à Mineração Ilegal

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O Governo Federal, compreendendo a complexidade da questão, estabeleceu um grupo de trabalho (GT) interministerial. Com participação dos Ministérios dos Povos Indígenas, da Defesa, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, do Desenvolvimento e Assistência Social, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Meio Ambiente, o GT tem como objetivo neutralizar as atividades ilegais na Terras Indígenas Yanomami (TIY), ao mesmo tempo em que presta apoio humanitário às Comunidades Indígenas (CI) da região.

Operação Ágata Fronteira Norte: Um Novo Marco na Defesa das Terras Yanomami

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Como resultado do trabalho do GT, foi instituída a Operação Ágata Fronteira Norte, sob o comando do General de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves. A operação, além de assumir novas funções, herdou as atribuições da Operação Yanomami, que foi desativada. Entre as responsabilidades, a Operação Ágata Fronteira Norte é encarregada de dar continuidade às ações de ajuda humanitária aos indígenas.

Resultados da Operação Yanomami

A Operação Yanomami, que antecedeu a Operação Ágata Fronteira Norte, teve uma duração de quatro meses. Durante esse período, a operação conseguiu realizar aproximadamente mil lançamentos de fardos, distribuindo 580 mil quilos de materiais para assistência de 40 aldeias na TIY. Entre os materiais transportados, destacam-se mais de 22 mil cestas básicas, quase 500 mil quilos de alimentos e 120 mil quilos de massa asfáltica para reparos nos aeródromos.

O Futuro da Defesa das Terras Yanomami

Com a Operação Ágata Fronteira Norte, o objetivo é dar continuidade aos esforços de erradicar a mineração ilegal, garantindo a segurança e o bem-estar das comunidades indígenas Yanomami. O planejamento inclui a total retirada de indivíduos suspeitos de práticas ilegais ainda presentes na TIY e continuar com as ações de ajuda humanitária, prestando suporte logístico a várias agências, instituições e ministérios até sua desativação.

Os esforços em curso refletem a importância de proteger os direitos dos povos indígenas e preservar o meio ambiente para as gerações futuras. É uma luta longa e constante, mas as ações coordenadas das Forças Armadas e civis são um passo na direção certa para combater o garimpo ilegal e garantir um futuro sustentável para as terras indígenas Yanomami.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).