Forças Armadas destroem pista de pouso clandestina na Terra Yanomami

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Em uma operação coordenada pelo Comando Operacional Conjunto Catrimani II, as Forças Armadas destruíram, na última quarta-feira (18), uma das principais pistas de pouso clandestinas utilizadas pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Localizada nas proximidades do rio Couto Magalhães, a pista era essencial para a logística do garimpo, permitindo o transporte de suprimentos e ouro. A ação envolveu o uso de 70 quilos de explosivos e foi conduzida pelo 6º Batalhão de Engenharia de Construção.

Detalhes da operação de destruição da pista de pouso

A pista de pouso clandestina, com 450 metros de comprimento e 12 metros de largura, estava situada no Garimpo do Rangel, uma área que tem sido usada como ponto estratégico para o transporte aéreo de suprimentos e ouro extraído ilegalmente na Terra Indígena Yanomami. A localização próxima ao rio Couto Magalhães facilitava o acesso e a operação contínua do garimpo ilegal na região.

Comando Operacional Conjunto Catrimani

Militares do 6º Batalhão de Engenharia de Construção, especializados em operações de demolição, foram os responsáveis pela ação, que envolveu a utilização de mais de 70 quilos de explosivos. A operação foi planejada com o objetivo de destruir completamente a estrutura da pista, tornando-a inutilizável para futuras atividades de pouso e decolagem de aeronaves ilegais.

Para garantir a segurança da missão, os militares realizaram uma série de verificações antes da explosão, certificando-se de que não havia riscos à integridade física dos envolvidos na operação e da população local. Após a explosão, foi confirmado que a pista ficou completamente inoperante, impossibilitando sua reutilização.

Impacto logístico e operacional da destruição da pista

Comando Operacional Conjunto Catrimani

A destruição da pista de pouso clandestina representa um golpe significativo na logística do garimpo ilegal. Essas pistas são essenciais para o transporte de suprimentos, equipamentos e ouro extraído de forma ilícita. Sem a infraestrutura aérea, os garimpeiros enfrentam grandes dificuldades para operar, uma vez que as rotas terrestres na região são limitadas e de difícil acesso, especialmente em áreas remotas como a Terra Indígena Yanomami.

Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo de Roraima, destacou a importância dessa ação: “A destruição de pistas de pouso causa um impacto significativo na logística do garimpo. Sem essas estruturas, os garimpeiros enfrentarão muito mais dificuldades para continuar suas atividades, o que pode desmotivá-los a permanecer na região.” A ausência dessas rotas aéreas ilegais torna o processo de extração e comercialização do ouro muito mais arriscado e custoso para os criminosos, limitando o avanço do garimpo na região.

Além de dificultar o transporte de materiais, a destruição da pista também afeta a capacidade dos garimpeiros de se deslocarem rapidamente e receberem suprimentos essenciais, como combustível, alimentos e equipamentos, comprometendo suas operações no território Yanomami.

Operações militares e o combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami

A ação faz parte de uma série de operações contínuas realizadas pelas Forças Armadas para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, uma das maiores áreas de preservação indígena do Brasil. Essas operações são conduzidas pelo Comando Operacional Conjunto Catrimani II, que coordena forças de segurança, agentes do governo e especialistas ambientais em uma estratégia ampla para proteger o território Yanomami.

O garimpo ilegal tem sido uma ameaça crescente à preservação da Amazônia e à integridade da Terra Indígena Yanomami, com impactos devastadores para o meio ambiente e as comunidades indígenas locais. O uso de mercúrio nos processos de extração de ouro contamina os rios e afeta diretamente a saúde das populações indígenas. Além disso, as atividades ilegais do garimpo geram desmatamento, destruição de habitats e violência contra os povos originários.

O governo federal tem intensificado os esforços para combater essas atividades criminosas, coordenando operações conjuntas entre as Forças Armadas, a Polícia Federal, o IBAMA e a FUNAI. A operação realizada no dia 18 de setembro foi mais um passo importante nesse combate, contribuindo para a desarticulação da logística de apoio ao garimpo ilegal.

O impacto das ações do Comando Operacional Conjunto Catrimani II vai além da destruição de pistas de pouso e outras infraestruturas ilegais. Ao interromper essas redes de apoio, o governo busca enfraquecer a atividade garimpeira na região e, ao mesmo tempo, proteger as populações indígenas e o ecossistema local.

As Forças Armadas, junto às demais instituições envolvidas, continuarão a monitorar a região, garantindo que novas estruturas clandestinas não sejam erguidas e que os esforços de preservação da Terra Indígena Yanomami sigam firmes. A preservação dessa área é crucial para a proteção da Amazônia e de seus povos, e ações como a destruição dessa pista de pouso são um exemplo do comprometimento do Brasil com a defesa de seu patrimônio ambiental e cultural.

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