A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu o segundo lote do míssil Meteor, que vai equipar as aeronaves de caça F-39 Gripen, cujas primeiras quatro unidades foram entregues pela Saab, no dia 24 de novembro. O primeiro lote havia sido comprado para o desenvolvimento da aeronave. Com o novo armamento, o Brasil dará um salto na capacidade de combate aéreo, cumprindo, assim, o objetivo de ser uma Força Aérea de grande poder dissuasório, operacionalmente moderna e atuando de forma integrada para a defesa dos interesses nacionais.

i2112167572303085O Meteor é um míssil BVR (do inglês, Beyond-Visual-Range), que significa além do alcance visual e oferece capacidade contra alvos a longa distância, como caças, Veículos Aéreo Remotamente Pilotados (VARP) e mísseis de cruzeiro, em um ambiente com maciça interferência de contramedidas eletrônicas. Essa qualidade é alcançada por meio da motorização. Os mísseis convencionais são equipados com foguetes, que os aceleram a velocidades supersônicas mas, que com o passar dos segundos, vão perdendo potência. Assim, a capacidade de o míssil alterar sua rota em busca do alvo ou de fazer manobras vai se perdendo. Já o Meteor mantém o uso do foguete no lançamento, mas conta também com um motor “ramjet”, que faz com que ele até ganhe velocidade durante o voo.

i2112167573205356O equipamento é produzido pela fabricante europeia MBDA e conta com um link de dados bidirecional que permite que a aeronave de lançamento forneça atualizações de destino no meio do curso ou redirecionamento, se necessário, incluindo dados de outras aeronaves. O novo míssil pode, inclusive, acelerar ao chegar mais próximo do alvo, tornando qualquer tentativa de manobra completamente inútil. Dentre os países que já operam com o míssil estão a Espanha, a França, o Reino Unido e a Suécia.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

A nova ferramenta, que integrará o moderno sistema de armas da FAB, aumenta o poder de dissuasão e as chances de evitar um confronto próximo com aeronaves inimigas, sendo capaz de oferecer inquestionável superioridade aérea para os pilotos na defesa dos interesses nacionais. O Meteor será um game changer nunca visto, ou seja, será um divisor de águas para o poder aéreo nacional.

Assim, a Força Aérea garante, ainda mais efetivamente, a manutenção da soberania do espaço aéreo com vistas à defesa da Pátria.

i2112178441608775

Fotos: CECOMSAER / Saab / Internet

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).