O Dia das Comunicações é instituído em 5 de maio e homenageia o nascimento de Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, destaque da busca pela integração nacional, sendo o responsável pela construção de telégrafos para estabelecer a comunicação entre o Rio de Janeiro, antiga capital federal, e as regiões mais distantes do interior do Brasil. Por conta desses feitos, foi denominado também Patrono das Comunicações brasileiras.

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Em comemoração ao dia, a Força Aérea Brasileira (FAB) destaca a missão dos especialistas em Comunicações, Oficiais e Graduados, que aplicam as normas e procedimentos em vigor nas redes e sistemas de enlaces de telecomunicações fixas e móveis.

Especialista em Comunicações na FAB

i225411265307530Para tornar-se especialista em Comunicações na FAB, o ingresso ocorre por meio da Escola de Especialista de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP). Depois da formação, inicia a carreira como Terceiro Sargento, podendo chegar ao posto de Coronel, após realizar o Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG). Para ascender ao oficialato, é necessário ter as promoções por merecimento e ser aprovado em concurso interno.

O especialista em comunicações atua em diversas organizações militares do Comando da Aeronáutica (COMAER) nas áreas de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Controle do Espaço Aéreo, Logística, Preparo e Emprego Operacional, integrando, por exemplo, as comunicações militares e administrativas, bem como gerenciando, operando e implantando sistemas de enlace de dados, espacial de satélites, serviços de telecomunicações, segurança da informação e de comunicações críticas, tais como o sistema de controle de tráfego aéreo e comunicações aeronáuticas.

Evolução das Comunicações

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No passado, a lentidão das transmissões tornava impossível uma condução centralizada da guerra. Com o surgimento do telégrafo, depois do telefone, o Comandante de uma determinada operação podia acompanhar os assuntos à distância e tomar as suas providências de acordo com a exigência das circunstâncias, de sorte que a condução geral da missão ficava mais limitada a um comando e controle vago.

Nos dias atuais, as demandas de informação são cada vez maiores e mais exigentes em termos quantitativos e qualitativos, sob aspectos que levam em conta as fontes de que derivam, sua complexidade de conteúdo, velocidade de tráfego, diversidade de meios de transmissão, multiplicidade de ambientes e número de destinatários envolvidos, entre outros.

i225411282401741O transporte da informação entre o transmissor e o receptor é, em última análise, o objetivo final da atividade de Comunicações. Enormes desafios estão subentendidos nesta tarefa, entre os quais vale destacar a utilização eficiente do espectro eletromagnético.

Ao mesmo tempo, os prognósticos de um futuro próximo apontam claramente para grandes avanços, impulsionados por recursos tecnológicos emergentes que causarão profundas transformações em diversas aplicações apoiadas no fluxo de informações, tanto no âmbito civil quanto no militar. Pesquisas em áreas como Inteligência Artificial, Computação Quântica e Internet das Coisas revelam a necessidade de que as Forças Armadas se preparem para lidar com as oportunidades e ameaças que resultam destas tecnologias.

i225411294506593Além disso, no rol de conflitos armados recentes, já se observa a tendência de que prevaleçam aqueles nos quais atores não estatais, possuidores de capacidade de combate bastante inferior à do Estado oponente, adotem ferramentas e táticas não convencionais para compensar esta disparidade e atingir seus objetivos, os quais ignoram a distinção entre civis e militares entre seus alvos. Estes adversários utilizam, em seu favor, as tecnologias “de prateleira” utilizadas em Sistemas de Comunicações e Tecnologia de Informações, e por meio destas, infligem perdas ao Estado que vão desde danos às infraestruturas críticas até as vítimas fatais.

Desse modo, na arena de combate, a informação tornou-se um ativo capaz de provocar vantagem operacional sobre os adversários como nunca antes imaginado. E a informação é a matéria-prima de que se vale o profissional da área de Comunicações para contribuir com a Força Aérea no cumprimento de sua missão. E o conhecimento é o amálgama carregado por este profissional para formar o conjunto de todo eficaz à altura de cumprir esta missão.

O futuro das Comunicaçõesi225411272206289

No contexto da recente chegada das aeronaves F-39 ao Brasil, bem como a incorporação do Gripen à Aviação de Caça brasileira, evidencia-se a importância das atribuições do Especialista em Comunicações, pois estão diretamente relacionados com a atividade fim do COMAER, por meio do atendimento das diversas demandas técnicas e operacionais desse sistema de armas que elevará o nível operacional da FAB.

O Tenente-Coronel Especialista em Comunicações, Romulo Silva de Oliveira, destaca que é importante notar que, com o avanço da tecnologia na área das comunicações, houve uma convergência espacial e temporal de estratégia e tática operacional. “Cada vez mais, o aumento dessa capacidade de nível tático tem consequências estratégicas, haja vista o impacto direto na aceleração do ciclo de decisão e manutenção da segurança das comunicações, abarcando ações que objetivam viabilizar e assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade de dados no Teatro de Operações”, finaliza o Oficial.

Fotos: Agência Força Aérea

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).