Exército registra mais de 26 mil alistamentos de mulheres em 2025

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A presença feminina nas Forças Armadas do Brasil cresce a cada ano, e 2025 se destaca como um marco na história do Exército. Com a abertura do alistamento militar voluntário para mulheres, mais de 26 mil candidatas já demonstraram interesse em servir ao país. Com um total de 1.500 vagas para soldados, essa iniciativa reforça o papel das mulheres na defesa nacional e amplia as oportunidades dentro da carreira militar.

O impacto do alistamento feminino no Exército Brasileiro

A incorporação de mulheres ao Serviço Militar Inicial representa uma mudança significativa para o Exército Brasileiro. Embora as Forças Armadas já contem com mulheres em seus quadros há décadas, este é o primeiro ano em que o alistamento como soldado está disponível para o público feminino.

A participação de mulheres na defesa nacional remonta à época da Independência do Brasil, com figuras históricas como Maria Quitéria de Jesus, considerada a primeira mulher a integrar o Exército Brasileiro. Atualmente, elas já atuam como oficiais e sargentos de carreira e temporários, mas a abertura do serviço militar voluntário para soldados representa um novo passo para a ampliação da inclusão feminina.

O Exército tem se preparado para essa transformação, adaptando sua estrutura para receber as novas recrutas. A expectativa é que a presença feminina nas tropas fortaleça ainda mais o compromisso das Forças Armadas com a diversidade e a valorização de talentos dentro da instituição.

O processo de alistamento e seleção das candidatas

O alistamento militar feminino segue os mesmos critérios do masculino, com a diferença de que, para as mulheres, a inscrição é voluntária. O processo teve início no dia 1º de janeiro e segue até 30 de junho, podendo ser feito online pelo site oficial do Exército Brasileiro ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar.

Após o período de alistamento, as candidatas passarão por um processo seletivo que inclui avaliações físicas e médicas, além de entrevistas. As aprovadas serão incorporadas em 2026 e, a partir desse momento, o serviço militar passa a ser obrigatório pelo período de um ano, assim como ocorre com os homens. Ao final do período de serviço, as mulheres receberão o Certificado de Reservista, tornando-se aptas a atender uma eventual convocação em caso de necessidade.

Além das 1.500 vagas para soldados, as candidatas também têm a opção de buscar ingresso em outras áreas das Forças Armadas, como concursos para oficiais e sargentos, oferecendo mais possibilidades para uma carreira militar de longo prazo.

Mulheres na defesa: desafios e oportunidades

O crescimento da participação feminina nas Forças Armadas reflete uma tendência global. Países como os Estados Unidos, Israel e França já possuem programas consolidados de recrutamento de mulheres para suas forças militares, e o Brasil segue essa evolução.

Muitas jovens que se alistaram destacam que a decisão de ingressar no serviço militar vai além do desejo de seguir carreira: elas veem a oportunidade como uma forma de contribuir com a defesa nacional e vivenciar experiências únicas. É o caso de Lavínia Ávila Félix, moradora de Porto Alegre, que relatou em entrevista à TV RBS que seu interesse surgiu a partir das histórias contadas pelo pai sobre o tempo que serviu ao Exército.

Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados, como a adaptação da estrutura militar para acomodar um maior número de mulheres e a necessidade de fortalecer políticas de igualdade de oportunidades dentro das instituições militares. No entanto, o crescente interesse pelo serviço militar feminino demonstra que a sociedade está cada vez mais aberta a essa mudança, e as mulheres estão prontas para ocupar seu espaço na defesa do país.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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