Exército fortalece parceria com universidades amazônicas em tecnologia

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O fortalecimento da tecnologia de defesa na Amazônia ganhou um novo impulso. O Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT) promoveu, no último dia 30 de janeiro, um intercâmbio de conhecimentos com especialistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A parceria visa integrar inovação acadêmica e expertise militar para a criação de soluções estratégicas na área de defesa, com foco em interoperabilidade e modularidade.

A parceria entre Exército e universidades na Amazônia

A colaboração entre o Exército Brasileiro e as universidades da Amazônia representa um avanço significativo na aplicação de tecnologia para a defesa e o desenvolvimento sustentável da região. O intercâmbio promovido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT) reuniu especialistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para consolidar projetos conjuntos e expandir as oportunidades de inovação.

As parcerias se dão por meio de encomendas tecnológicas, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), cursos especializados e acordos com empresas estratégicas, promovendo um ambiente de cooperação entre academia e forças militares. Um dos principais objetivos dessa integração é desenvolver sistemas integrados de defesa, com interoperabilidade, modularidade e escalabilidade, garantindo maior eficiência operacional às Forças Armadas em ambientes complexos como a floresta amazônica.

A UFAM e a UEA, reconhecidas por suas pesquisas voltadas à sustentabilidade e às tecnologias adaptadas ao bioma amazônico, agregam conhecimento essencial para a criação de soluções inovadoras que atendam tanto às necessidades militares quanto ao desenvolvimento regional. Essa sinergia entre defesa e ciência reforça a capacidade do país de proteger sua soberania ao mesmo tempo em que fomenta a inovação nacional.

O Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia (IPEAM) e seu impacto

Um dos pilares da parceria entre o Exército e as universidades é o Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia (IPEAM), inaugurado em novembro de 2024. Criado por iniciativa do DCT, o IPEAM desempenha um papel estratégico como catalisador de inovações e desenvolvimento de tecnologias de defesa na região amazônica.

A atuação do IPEAM visa facilitar a integração entre as Forças Armadas, a comunidade acadêmica e a indústria local, promovendo pesquisas aplicadas e soluções tecnológicas de vanguarda. Entre os projetos já em andamento, destacam-se estudos sobre sistemas de monitoramento de fronteiras, tecnologias para comunicação segura em ambiente de selva e novos materiais adaptados às condições extremas da Amazônia.

Além disso, o instituto serve como um ponto de convergência para o treinamento e qualificação de profissionais, permitindo que pesquisadores e militares compartilhem conhecimento e ampliem a aplicação da ciência em prol da defesa nacional. Com esse modelo de cooperação, o Exército reafirma seu compromisso em utilizar a inovação como ferramenta para fortalecer a presença e a segurança na região amazônica.

Inovação e defesa: os desafios e perspectivas para o futuro

A modernização da defesa nacional passa, inevitavelmente, pela pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. O desafio, no entanto, está na implementação eficaz dessas soluções na Amazônia, uma região de difícil acesso e que exige equipamentos e sistemas adaptados ao ambiente hostil da floresta.

A parceria entre o Exército, a UFAM e a UEA busca superar essas barreiras por meio da criação de tecnologias sustentáveis e eficientes. Entre os desafios enfrentados, estão a logística para implantação de novos sistemas, a necessidade de capacitação contínua dos profissionais envolvidos e a adaptação de tecnologias estrangeiras ao cenário nacional.

A longo prazo, essa colaboração pode trazer benefícios não apenas para a defesa, mas também para o desenvolvimento econômico da região, impulsionando setores estratégicos como a indústria de alta tecnologia, a segurança cibernética e a proteção ambiental. A integração entre conhecimento acadêmico e expertise militar reforça a capacidade do Brasil de proteger suas fronteiras e ampliar sua soberania tecnológica.

Com o avanço dessa parceria, o Exército e as universidades amazônicas demonstram que ciência e defesa podem caminhar juntas, construindo soluções que não apenas garantam a segurança do país, mas também estimulem a inovação e o progresso sustentável da Amazônia.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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